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Professores da rede estadual mantêm paralisação no Paraná

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Curitiba – Os professores da rede estadual de ensino do Paraná continuam em greve por tempo indeterminado. A categoria, que é representada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), reuniu-se durante toda a manhã desta sexta-feira, 15, para definir a data de uma nova assembleia e os rumos do movimento.

A reação acontece um dia após o governo do Estado suspender as negociações e, de forma unilateral, anunciar medidas em relação ao funcionalismo, entre elas o reajuste de 5% a ser pago em duas parcelas.

Os professores reivindicam reajuste de 8,4% relativos ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e de forma única. Além dos professores, outros 21 setores do funcionalismo podem entrar em greve também.

Entre as medidas estão a abertura de novo Processo Seletivo Simplificado (PSS), para a contratação de novos professores temporários, o lançamento das faltas dos professores e servidores em greve e a abertura de processos por insubordinação contra diretores que estimularam a greve.

Para a diretora financeira da APP, Marlei Fernandes, o governo “mostrou que não tem disposição para o diálogo”. “Esse pacote de medidas é econômico e de punições, muito ruim, acreditamos que é o fundo do poço na falta de diálogo e respeito à categoria”, avaliou. “O governo deveria dar um passo atrás e mostrar alguma proposta.”

O governo alega que, de 2011 a 2014, a média de reajuste do salário base do funcionalismo foi de 63,6%, enquanto a inflação acumulada para o período foi de 26,7%.

Segundo o chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, essas decisões levam em conta os limites da lei de responsabilidade fiscal e a disponibilidade financeira do Estado.

“Estamos fazendo um esforço extraordinário para garantir esse índice de reajuste num momento em que a economia dá sinais concretos de recessão e aumento do desemprego”, disse Sciarra.

No início desta semana, a secretária de Administração, Dinorah Nogara, reuniu-se com os professores e pediu tempo até o dia 19 para apresentar uma proposta. “O mês de maio é de data-base e estamos realizando estudos econômicos”, disse.