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Projeto do Ferroanel Norte foi postergado, afirma presidente da MRS

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O projeto do Ferroanel Norte, ramal ferroviário que contornará parte da Região Metropolitana de São Paulo, foi postergado. A informação é de Guilherme Mello, presidente da operadora ferroviária MRS.

A expectativa era de que parte da outorga que seria paga à União pela MRS, no processo de prorrogação antecipada da concessão da Malha Sudeste, seria aplicada na obra do governo do Estado de São Paulo. O governador João Doria e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, chegaram a assinar, em janeiro, um protocolo de intenções para a construção do trecho Norte do Ferroanel.

Porém, a MRS identificou a necessidade de realizar uma obra anterior, para segregar totalmente as vias de carga e de passageiros em sua operação entre Jundiaí e São Paulo. “Vamos liberar as linhas da CPTM para passageiros e ter uma linha dedicada para carga. Hoje, convivemos no mesmo leito, o que nos limita”, afirma Mello.

O presidente da MRS sustenta que essa é uma etapa importante para viabilizar, no futuro, a construção dos 54 quilômetros do Ferroanel Norte, entre as estações de Perus, em São Paulo, e Manoel Feio, em Itaquaquecetuba. “Com essa segregação total, vamos conseguir atender o Estado de São Paulo nos próximos 10, 15 anos. E já vamos deixar preparado para o Ferroanel, que virá depois. Se eu não resolver Jundiaí-São Paulo, não adianta fazer o Ferroanel Norte, porque eu continuo com um problemão, compartilhando passageiros e carga”, defende.

A MRS calcula que cerca de R$ 7,5 bilhões serão injetados a partir da renovação antecipada de sua concessão ferroviária. Os investimentos em aumento de capacidade e melhoria de desempenho, da ordem de R$ 3,1 bilhões, incluem aportes em ampliações de pátios, remodelação da via permanente, ampliação de instalações e aquisição de novos vagões e locomotivas.

Já os outros R$ 4,4 bilhões se referem a projetos de interesse público, como obras para eliminação de conflitos entre a ferrovia e as cidades, aumento de intermodalidade e desafogamento das estradas. Segundo a MRS, essas intervenções serão definidas pelo governo federal após o processo de consulta pública da renovação da MRS, que se encerra na próxima sexta-feira, dia 13.

O presidente da MRS estima que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deverá enviar em novembro a documentação sobre o processo de renovação ao Tribunal de Contas da União (TCU). “Imaginamos que o TCU nos dê uma devolutiva em maio ou junho do ano que vem, quando estaríamos prontos para assinar (a prorrogação). Esse é o timing que trabalhamos hoje”, afirma.

A MRS participou nesta tarde do III Seminário de Infraestrutura de Transporte Ferroviário, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em parceria com a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP).