O número de focos do aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, tem preocupado os moradores de Venda Nova do Imigrante. A quantidade aumentou em 2018 e pode se agravar neste ano, principalmente durante esta época, onde as chuvas são mais frequentes, favorável para o surgimento de criadouros.
Apenas em 2018, quase 500 focos do mosquito foram encontrados, número que assustou os moradores. Desde o início de 2019, 42 novos pontos foram descobertos em Venda Nova, sendo que a maior parte deles está localizada em Vila Betânea.
Leia também
A coordenadora de Vigilância em Saúde, Camila Mauro Zandonadi, afirma que o serviço tem orientado a população para não deixar água parada, principalmente durante a temporada de chuvas. “O serviço de vigilância da Secretaria Municipal de Saúde visita as residências, mas o mosquito evolui de ovo para adulto em uma semana. Sem a colaboração da comunidade, não é possível eliminar os focos”, comenta.
Os bairros que mais possuem focos do mosquito transmissor são Vila Betânea, São João de Viçosa, Santa Cruz, Centro e Vila da Mata, mas a vigilância é de toda a população.
Como é transmitida
Os mosquitos fêmeas são os responsáveis por transmitir a doença na corrente sanguínea das pessoas e elas têm sido capturadas cada vez mais pelas armadilhas preparadas pela Secretaria de Saúde. Camila afirma que a captura das fêmeas não era comum há um tempo. “Agora que isso virou rotina, é um risco, porque são elas que picam o ser humano”, explica.
Nenhuma das fêmeas capturadas estava contaminada pela dengue, mas o alívio é passageiro. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Tadeu Sossai, com apenas uma pessoa doente na cidade, a dengue pode se espalhar rapidamente. “A Secretaria de Saúde trabalha firma para evitar que isso aconteça, mas, se a população não colaborar, é impossível alcançar esse objetivo”, declara.
A Secretaria Municipal de Saúde de Venda Nova do Imigrante trabalha arduamente desde 2016, quando mais de 330 casos suspeitos da dengue surgiram e mais de 150 deles foram confirmados. Em 2017, o cenário mudou: apenas 38 suspeitas e 4 casos confirmados da dengue na cidade serrana. No ano passado, surgiram 60 novas suspeitas da dengue e apenas 4 deles foram confirmados.
