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Quatro são presos acusados de organizar novo motim da PM no ES

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Rio – O Ministério Público Estadual capixaba deflagrou nesta segunda-feira, 20, a Operação Protocolo Fantasma. O objetivo era prender quatro acusados de organizar novo motim da Polícia Militar do Estado. De acordo com o MPE-ES, o grupo já estaria articulando novas ocupações em frente aos Batalhões da PM, iguais às ocorridas em fevereiro. O movimento foi marcado pela ação de mulheres dos PMs. Elas montaram piquetes para obstruir a saída dos militares dos quartéis.

Os suspeitos de liderar o movimento, que não tiverem os nomes relevados, tiveram prisão preventiva decretada pela juíza da 4ª Vara Criminal de Vitória, Gisele Souza de Oliveira. A operação também cumpriu 24 mandados de busca e apreensão e entregou 17 intimações para depoimento. A iniciativa foi do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, com apoio da Força Nacional de Segurança.

“A ação tem como objetivo a reprodução de provas para o processo criminal que visa identificar e punir os responsáveis pela fomentação dos movimentos que têm impedido a Polícia Militar de atuar no Estado de forma regular”, informou, por nota, o MP.

A Procuradoria apresentou transcrições de áudios de conversas de um suspeito. Nelas, o homem relata ter passado por batalhões, onde policiais teriam concordado em fechar as unidades. Segundo o MP, ele também afirma que precisaria de mais mulheres nas ações de obstrução das unidades policiais. Também é relatado que uma reunião sobre o novo motim aconteceria na casa de uma das investigadas.

Ao fundamentar sua decisão, a juíza destacou “as consequências nefastas do movimento paredista da Polícia Militar (…), culminando com duas centenas de mortes, uma onda de saques e furtos a estabelecimentos comerciais, suspensão de aulas, da atividade comercial, do transporte público e até das atividades do próprio Poder Judiciário”.

“Nesse período, a sociedade capixaba ficou abandonada à própria sorte, com seus cidadãos trancafiados em suas residências, impedidos, pela onda de violência, de exercer o direito constitucional de ir e vir. Tratou-se de situação até então nunca experimentada, naquela dimensão, pela sociedade capixaba”, justificou.

Ocorrido em fevereiro, o motim dos PMs capixabas começou em 4 de fevereiro e durou pelo menos até o dia 25. Segundo o governo estadual, mais de 2.800 PMS respondem a inquéritos internos. Mais de 700 foram indiciados pelo crime de revolta – a greve é proibida a militares.