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Recipientes para armazenar água ganham vitrines de SP

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São Paulo – No Natal, luzes e árvores decoradas são o destaque. No carnaval, é a vez das máscaras, confetes e serpentinas. Já em tempos de crise hídrica, são os baldes e cestos com tampa que decoram as vitrines de lojas de bairros e centros de compras de produtos populares na capital. Comerciantes e clientes dão novo uso para cestos de lixo, que viraram reservatórios de água.

“A gente procura colocar a bola da vez na entrada da loja. Antes, só tínhamos baldes, mas todos que vendo agora têm tampa, porque armazena a água e evita a dengue”, diz Ondamar Antonio Ferreira, gerente de uma loja na Rua 25 de Março, na região central. Ferreira diz que as vendas se intensificaram em janeiro e que o produto custa a partir de R$ 39,90. “Vendo de 200 a 250 baldes por dia.”

A auxiliar administrativa Regiane Ribeiro de Oliveira, de 32 anos, gastou R$ 82,90 em dois cestos com tampa, um balde e uma bacia. “A bacia é para juntar a água do banho e o balde, para colocar a água da máquina”, afirma a moradora do Jardim Peri, zona norte. Ela diz que no bairro onde mora é normal ter água só entre 6 e 17 horas.

Na Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, zona oeste, os cestos com tampa também fazem sucesso. “Às vezes, a gente fica o dia inteiro vendendo. As pessoas estão adaptando o cesto de lixo, porque não existe balde desde tamanho”, diz a gerente de uma loja Maria Benedita Reis, de 44 anos. O produto com capacidade para 150 litros sai por R$ 74,99, já o de 65 litros custa R$ 24,99.

Maria Benedita diz que os clientes não se importam de carregar os produtos pela ruas ou no transporte público. “O pessoal leva na mão. As pessoas pegam o metrô e levam o balde sem sacola.”

Queda

A loja da comerciante Aitan Zhao, de 29 anos, na Praça Marechal Deodoro, região central, não segue a tendência dos estabelecimentos das Ruas 25 de Março e Teodoro Sampaio. Há cerca de uma semana, o local teve redução das buscas pelos baldes e cestos com tampa. As vendas passaram de dez a 12 produtos por dia para uma média de dois a três.

“Não está saindo muito. A gente trabalha com coisa de estação, mas, quando chove, os clientes já não aparecem tanto.” Mesmo assim, ela mantém os produtos à mostra. No local, o cesto de 93 litros custa R$ 55.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.