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Rejeitada duas vezes, denúncia de Nisman contra Kirchner ganha nova chance

Rejeitada duas vezes, denúncia de Nisman contra Kirchner ganha nova chance Rejeitada duas vezes, denúncia de Nisman contra Kirchner ganha nova chance Rejeitada duas vezes, denúncia de Nisman contra Kirchner ganha nova chance Rejeitada duas vezes, denúncia de Nisman contra Kirchner ganha nova chance

Buenos Aires – Um tribunal de segunda instância da Província de Buenos Aires aceitou nesta terça-feira, 14, o recurso do promotor Germán Moldes e permitiu que a denúncia formulada por Alberto Nisman contra o governo kirchnerista chegue à avaliação da mais alta corte penal argentina, a Câmara Federal de Cassação.

Nisman foi encontrado morto no dia 18 de janeiro com um tiro na cabeça quatro dias depois de acusar a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e outros funcionários do governo de acobertar iranianos considerados culpados de praticar o atentado contra a Associação Mutual Israelita-Argentina (Amia), em 1994 – 50 morreram e 300 ficaram feridos. O promotor dizia ter provas de que o acordo feito em 2013 entre Argentina e Irã, para ouvir em Teerã os depoimentos dos acusados, envolvia na prática pactos comerciais e a retirada dos pedidos de prisão internacional emitidos pela Interpol contra parte dos iranianos.

A apuração da denúncia foi rejeitada nas duas primeiras instâncias da Justiça argentina com o mesmo argumento: o acordo nunca chegou a ser concretizado (foi bloqueado pelo Parlamento iraniano e pela Justiça argentina) e os pedidos de prisão continuaram valendo. Portanto, não haveria crime. Moldes argumentou que ainda assim novas evidências deveriam ser buscadas. Conseguiu que o mesmo tribunal de segunda instância que se recusou a abrir uma investigação permita ao menos o recurso a uma corte superior.

Não há prazo para a próxima decisão, embora a lei sugira que ocorra em cinco dias. A denúncia chegará a uma das quatro salas da Câmara Federal de Cassação Penal e um novo promotor decidirá se renova a acusação, antes que outro grupo de magistrados defina se ela é forte suficiente para justificar a busca de provas contra Cristina e os funcionários do governo.