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Relator da ONU pede que responsáveis por tortura da CIA sejam processados

Relator da ONU pede que responsáveis por tortura da CIA sejam processados Relator da ONU pede que responsáveis por tortura da CIA sejam processados Relator da ONU pede que responsáveis por tortura da CIA sejam processados Relator da ONU pede que responsáveis por tortura da CIA sejam processados

Genebra – O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para contraterrorismo e direitos humanos, Ben Emmerson, pediu que as graduadas autoridades dos Estados Unidos que autorizaram e colocaram em prática técnicas de tortura como parte das políticas de segurança do ex-presidente George W. Bush sejam processadas.

Emmerson disse também que funcionários da CIA e de outras partes do governo que praticaram a simulação de afogamento e outros tipos de tortura devem ser levados à Justiça.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira em Genebra, Emmerson disse que o relatório do Comitê de Inteligência do Senado divulgado na terça-feira mostra “que havia uma clara política orquestrada, no alto escalão do governo Bush, que permitiu que se cometessem crimes sistemáticos e graves violações à lei internacional de direitos humanos”.

Ele declarou que os responsáveis pela “conspiração criminal…devem enfrentar penalidades criminais proporcionais à gravidade de seus crimes”. “O fato de as políticas reveladas no relatório terem sido autorizadas pelo alto escalão do governo norte-americano não fornece qualquer desculpa”, afirmou.

O documento, divulgado após meses de negociações com o governo sobre o que seria censurado, foi divulgado em meio a temores. Embaixadas e instalações militares dos Estados Unidos em todo o mundo intensificaram suas medidas de segurança para o caso de reações antiamericanas.

As embaixadas norte-americanas no Afeganistão, Paquistão e Tailândia fizeram advertências sobre a probabilidade de protestos e manifestações violentas estimuladas pela divulgação do relatório. As embaixadas também aconselharam cidadãos norte-americanos nos três países a adotar precauções de segurança, dentre elas afastar-se de manifestações. Fonte: Associated Press.