Geral

Renova anuncia indenização para moradores de Linhares impactados por rompimento de barragem em Mariana

Segundo a Fundação, até agosto de 2020, o total desembolsado em indenizações e auxílios emergenciais (AFE) chegou a R$ 1,32 bilhão no ES

Renova anuncia indenização para moradores de Linhares impactados por rompimento de barragem em Mariana Renova anuncia indenização para moradores de Linhares impactados por rompimento de barragem em Mariana Renova anuncia indenização para moradores de Linhares impactados por rompimento de barragem em Mariana Renova anuncia indenização para moradores de Linhares impactados por rompimento de barragem em Mariana
Foto: Divulgação

Próximo de completar cinco anos do rompimento da barragem de rejeitos de minério Fundão, na unidade de Germano, em Mariana (MG), a Fundação Renova apresentou um balanço do que tem sido feito para reparar os danos sociais e econômicos da maior tragédia ambiental do País.

Em conversa com a imprensa nesta sexta-feira (23), via coletiva online, o diretor-presidente da Fundação, Andre de Freitas, disse que os rejeitos impactaram na qualidade da água do Rio Doce, mas que a situação é de recuperação. “A qualidade da água voltou ao patamar de antes do rompimento da barragem”, ressaltou.

Segundo Andre, atualmente são 92 pontos de monitoramento da água. O principal desafio ambiental apontado pelo executivo é o saneamento. “Estima-se que 80% dos esgotos são lançados diretamente no rio”, disse.

Para tentar solucionar o problema, a Fundação pretende investir R$ 600 milhões em ações de saneamento básico nos municípios atingidos. A previsão é de que cerca de 1,5 milhão de pessoas sejam beneficiadas.

Reassentamento

Segundo o diretor, por conta da pandemia da covid-19, a reconstrução das cidades de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Gesteira ainda vai demorar um tempo. A previsão é de que os distritos fiquem prontos para receber os moradores em fevereiro de 2021.

Indenizações 

De acordo com a Renova, até agosto de 2020, o total desembolsado em indenizações e Auxílios Financeiros Emergenciais (AFE) chegou a R$ 1,32 bilhão no Espírito Santo.

Já os casos de difícil comprovação de danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão (MG) começaram a ser pagos em Baixo Guandu (ES) e Naque (MG) por meio de um novo sistema indenizatório, a partir de decisão da 12ª Vara Federal. O primeiro pagamento foi realizado a uma artesã capixaba, em setembro. Nesta semana, foi alcançada a marca de cerca de 350 pagamentos realizados, 255 deles feitos em Baixo Guandu. Em Vitória, os camaroeiros da Enseada do Suá também foram indenizados.

A comissão de moradores de Linhares também entrou com petição na Justiça e já recebeu decisão favorável, e o município passa a integrar o novo sistema em novembro. Por ser uma decisão recente, o sistema de pagamento ainda está em discussão e não foi detalhado. 

Pesquisas

Questionado sobre o rompimento do contrato de estudos com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que suspendeu várias pesquisas que estavam em andamento, o executivo informou que trocou apenas de ‘fornecedor’, mas que irá continuar com o monitoramento.

“O que estamos fazendo é uma revisão do nosso trabalho do monitoramento aquático para melhorar a análise da relação de qualquer resultado de pesquisa com o rompimento da barragem de Fundão. O monitoramento vai continuar. Interrompemos apenas a relação com o fornecedor da Ufes e a gente vai continuar com esse monitoramento com outras organizações e da própria rede Rio Doce. A ideia toda é trazer mais velocidade para a reparação e mais informação com essa relação do impacto e que ações devemos fazer para reparação do Rio Doce”, afirmou Andre.