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Responsáveis por carreta do acidente no ES podem responder por homicídio culposo

Responsáveis por carreta do acidente no ES podem responder por homicídio culposo Responsáveis por carreta do acidente no ES podem responder por homicídio culposo Responsáveis por carreta do acidente no ES podem responder por homicídio culposo Responsáveis por carreta do acidente no ES podem responder por homicídio culposo

Vitória – Os donos da carreta que teria causado na quinta-feira, 22, o acidente na BR-101, em Guarapari, no Espírito Santo, em que morreram 21 pessoas, podem ser indiciados pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, assim que o inquérito for concluído, de acordo com o chefe da Polícia Civil, Guilherme Daré.

O delegado disse que o caso está sendo investigado pela Delegacia de Infrações Penais e Outras (Dipo) da Cidade. Daré afirmou que, se constatada alguma responsabilidade por parte da empresa, os donos responderão criminalmente. Na tarde desta sexta-feira, 23, os proprietários serão intimados para prestar depoimento.

O secretário de Segurança Pública do ES, André Garcia, disse que as investigações começaram imediatamente após a fatalidade.

“O levantamento preliminar aponta falha mecânica no caminhão. Teria furado um pneu. Todos os pneus do veículo estavam carecas, em péssimas condições. Teria quebrado algum eixo e por isso a carreta invadiu a contramão da pista, atingindo o ônibus. As investigações continuam, e se as nossas equipes identificarem os culpados, vamos responsabilizá-los criminalmente”, explicou Garcia.

A carreta carregava uma pedra de granito pesando 41 toneladas, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). São 11 toneladas acima do permitido. Além das péssimas condições dos pneus, denunciadas pela perícia da Polícia Civil, a PRF afirmou ainda que nenhuma das quatro balanças existentes na BR-101 está em funcionamento. A informação foi repassada pelo superintendente do órgão no Estado, Wylis Lyra.

A empresa responsável pelo veículo é a Jamarle Transportes, situada na Cidade de Baixo Guandu, no Noroeste capixaba. Ela poderá ser multada em quase R$ 5 mil. A reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” tentou contato com a transportadora, mas os telefonemas não foram atendidos.