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Saleiros são pendurados em restaurante de Vitória em protesto contra nova legislação

A lei divide opiniões no Estado. O estabelecimento que descumprir a determinação pode ter que pagar uma multa de R$ 1.340. A regra começou a valer na última quinta-feira (09)

Saleiros são pendurados em restaurante de Vitória em protesto contra nova legislação Saleiros são pendurados em restaurante de Vitória em protesto contra nova legislação Saleiros são pendurados em restaurante de Vitória em protesto contra nova legislação Saleiros são pendurados em restaurante de Vitória em protesto contra nova legislação
Saleiros estão pendurados no restaurante Foto: Lorena Barbarioli

Dizem que o sal é o tempero da vida, mas não aqui no Espírito Santo. Isso porque, na última quinta-feira (09), entrou em vigor a legislação estadual que proíbe a exposição de saleiros nas mesas e balcões de bares, restaurantes e lanchonetes.

A medida tem causado algumas controvérsias nos estabelecimentos. Em um bar e restaurante de Jardim Camburi, em Vitória, os saleiros foram pendurados em elásticos e flutuam sobre as mesas. O proprietário do estabelecimento explicou que a medida foi adotada em protesto contra a nova determinação.

“Essa lei é intervencionista, não vai na raiz do problema. Não é tirando o sal da mesa que você vai resolver o problema”, garantiu Gugu Barbarioli.

No restaurante além dos frascos suspensos, os garçons usam colares com saches de sal, e camisas com dizeres ‘Sou contra o excesso de sal, e que mandem em minha vida’. Adesivos e placas dentro do estabelecimento protestam e divertem os clientes, garante Gugu. “Eles apoiam e dão parabéns pela iniciativa”, contou entusiasmado. 

Legislação

A Lei Estadual número 10.369, de 22 de maio de 2015, entrou em vigor no dia 09 de julho. O estabelecimento que descumprir a determinação pode pagar uma multa de R$ 1.340.

Os empresários do ramo são contra a medida, e afirmam que a lei é uma interferência do Estado nas relações de consumo. “Ainda que o sal não esteja à mesa, o cliente pode pedi-lo ao garçom e consumi-lo da mesma forma. Já os estabelecimentos poderão ter o atendimento prejudicado pelo fato dos funcionários terem que trazer sal a cada novo pedido, principalmente se a casa estiver cheia”, argumenta o Presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), Wilson Vettorazzo Calil.