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Reunião entre rodoviários e prefeitura na sexta-feira deve definir rumos da paralisação

Motoristas e cobradores estão desde a segunda-feira em greve; eles alegam que estão três meses sem receber salários e com dois meses de auxílio alimentação atrasados

Foto: Divulgação

A paralisação de motoristas e cobradores da Viação Tabuazeiro, que atende os ônibus municipais de Vitória, entrou no terceiro dia nesta quarta-feira (24). Ainda sem um acordo entre a categoria e a empresa, os coletivos nem estão saindo das garagens.

De acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários-ES), os funcionários da empresa estão com três meses de salários atrasados e dois meses sem receber o ticket alimentação.

Uma assembleia entre o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Setpes) e representantes da categoria aconteceu na terça-feira (23), mas não houve acordo.

De acordo com o Sindirodoviários, uma reunião entre os trabalhadores e a prefeitura deve acontecer na próxima sexta-feira (26). Logo depois a categoria deve se reunir para definir se eles continuam ou não com a paralisação.

O Setpes alega que a empresa não tem dinheiro para efetuar o pagamento dos salários e dos tickets em atraso, por conta da queda de faturamento, em razão da diminuição de passageiros por conta da pandemia do coronavírus. O sindicato das empresas diz ainda que a Prefeitura deveria ajudar com os custos, de acordo com a Lei nº 9.640/2020, publicada no Diário Oficial do Poder Legislativo da Câmara Municipal de Vitória/ES, do dia 17/06/2020.

Por nota, o Setpes diz que “a solução para o retorno da operação da Viação Tabuazeiro é a ajuda do poder municipal. A receita das passagens de ônibus não suporta o custo da empresa. O Sistema de Transporte Municipal de Vitória não recebe subsídio do governo, sendo sua receita dependente das passagens de ônibus”. 

O comunicado do sindicato das empresas diz ainda que desde o início da pandemia o sistema municipal perdeu mais de 80% dos passageiros.

No início da semana, a prefeitura disse por nota que “está estudando medidas complementares àquelas já tomadas anteriormente para ajudar tanto a empresa quanto os trabalhadores. O órgão destaca que já repassou, como antecipação de crédito, meio milhão de reais relativos aos vales-transporte dos servidores e buscará, ainda, em conjunto com as empresas e representantes dos funcionários uma solução”.

A reportagem entrou em contato novamente com o município,  para saber se há alguma atualização sobre o caso, mas até o momento não obteve retorno.