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RJ tem 14 casos de malária em três semanas

RJ tem 14 casos de malária em três semanas RJ tem 14 casos de malária em três semanas RJ tem 14 casos de malária em três semanas RJ tem 14 casos de malária em três semanas

Rio de Janeiro – Catorze casos de malária foram confirmados no Estado do Rio nas últimas três semanas, segundo o Ministério da Saúde. Todos são autóctones (contraídos dentro do Estado). Em todo o ano de 2014 houve oito casos, em 2013 foram sete e em 2012, seis casos. Apesar do crescimento da doença, não está caracterizado surto.

Em oito dos 14 casos recentes o provável local de infecção abrange quatro municípios vizinhos, situados em área de serra e com extensa cobertura de Mata Atlântica. Três contaminações ocorreram em Miguel Pereira, duas em Nova Friburgo, outras duas em Petrópolis e uma em Teresópolis, informou a Secretaria Estadual de Saúde. Só uma vítima mora no município onde foi infectado. As demais habitam a capital e estavam em viagem pelos lugares em que contraíram a doença.

A origem da contaminação dos outros seis casos está sendo investigada. Entre os pacientes há pelo menos uma mulher e uma criança. Segundo a secretaria, todos os casos são da versão mais branda da doença. A pasta estadual mantém equipes nos locais de provável contaminação para tentar identificar os vetores da doença e acompanhar os casos já notificados.

A malária é uma doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. Durante a picada, um tipo de protozoário (Plasmodium) presente na saliva do mosquito entra no organismo da vítima e se reproduz. Os primeiros sintomas são febre e dor de cabeça, que surgem em aproximadamente dez dias. Dependendo do tipo de malária, se não houver tratamento, o paciente pode entrar em coma e morrer. Em casos brandos, porém, a doença chega a ser assintomática e desaparece sem tratamento.

A malária é comum em regiões tropicais, como a Amazônia, que concentra 99% dos casos registrados no Brasil. As ocorrências no País já chegaram a 615.246, em 2000, mas em 2013 (última estatística disponível) foram 178.614 casos, o menor número em 33 anos. Segundo o Ministério da Saúde, a malária contraída em áreas de Mata Atlântica costuma ser benigna, sem complicações e raramente exige internação. O tratamento dura três dias, com medicamentos distribuídos pelo próprio ministério.

A Secretaria Estadual de Saúde recomenda que o alerta seja redobrado para as pessoas que visitarão áreas de Mata Atlântica, devido ao intenso calor dessa época, que favorece a proliferação do mosquito. “Quem for a áreas de mata deve se proteger usando repelentes, roupas que cubram pernas e braços e telas de proteção contra mosquitos”, diz o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria, Alexandre Chieppe. Quem esteve recentemente em áreas de Mata Atlântica e apresente febre deve buscar atendimento médico e informar o histórico de viagem, para facilitar o diagnóstico e o início de tratamento adequado.