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Rodoviários do DF entram em greve antes de jogo da Copa

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Brasília – Os funcionários da viação Piracicabana pararam de trabalhar na manhã desta sexta-feira, 4, em função da falta de pagamento do reajuste de 20% que negociaram com empresários e o Governo do Distrito Federal (GDF) no início de junho. Ainda sem resolução para o impasse, a manifestação preocupa porque poderá prejudicar o deslocamento de quem depende do transporte público para ir até o estádio Mané Garrincha. Amanhã a cidade receberá o duelo entre Argentina x Bélgica, às 13h, pelas quartas de final do mundial.

A empresa conta com 417 ônibus e atende 200 mil pessoas por dia no DF. Nos dias de jogos na cidade, a Piracicabana é a responsável por levar os torcedores que saem da Rodoviária do Plano Piloto até o estádio. O serviço foi disponibilizado pelo GDF e é gratuito. Com os funcionários paralisados, milhares de pessoas correm o risco de ficar sem o transporte. De acordo com a Polícia Federal, até cem mil argentinos são esperados em Brasília nesse fim de semana para acompanhar a partida.

A paralisação começou logo no início da manhã e todos os veículos foram levados para a garagem da empresa. Alguns representantes dos trabalhadores estiveram reunidos desde as 10h com empresários e o Secretário de Transportes do DF, José Valter Vasquez, para buscar uma solução para o impasse. O encontro terminou por volta das 15h e, de acordo com a assessoria da secretaria, ainda não há resolução para o caso. A Secretaria Extraordinária da Copa no DF informou que desconhece a situação e buscará alternativas até o fim do dia para garantir a normalidade do serviço oferecido pelo governo para os torcedores que irão até o estádio amanhã.

Procurados pela reportagem, um dos funcionários da Piracicabana afirmou que o serviço só voltará a ser normalizado quando houver a garantia de que o reajuste será pago integralmente. O aumento beneficiará cerca de 10 mil rodoviários em todo o DF. A negociação da categoria garantiu reajuste de 20% no salário, 20% no vale-refeição, além de 40% na cesta básica. De acordo com o sindicato dos rodoviários, o salário de um motorista é de R$ 1,6 mil e passará para R$ 1,9 mil. O vale subirá de R$ 347 para 416 e a cesta básica passará dos atuais R$ 140 para R$ 196.