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Rússia diz que OSCE deve continuar na Ucrânia

A OSCE perdeu contato com um grupo de monitores no leste ucraniano, sendo que outra equipe é mantida refém desde segunda. O conflito interno na Ucrânia já deixou mais de 300 mortos

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Moscou, 31 – O Ministério de Relações Exteriores da Rússia criticou neste sábado a declaração de uma autoridade da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) de que a instituição poderia encerrar sua missão de monitoramento na Ucrânia, por questões de segurança.

Na quinta-feira, a OSCE perdeu contato com um grupo de monitores no leste ucraniano, sendo que outra equipe é mantida refém desde segunda-feira. O conflito interno na Ucrânia já deixou mais de 300 mortos.

Wolfgang Ischinger, negociador da OSCE para a situação na Ucrânia, disse que a organização pode encerrar a missão no país, já que teme pela vida dos seus enviados. Mas a chancelaria russa afirmou que, em meio a repressão intensa promovida pelo governo ucraniano contra grupos rebeldes no leste do país, “é essencial aumentar o trabalho dos observadores internacionais”.

Os confrontos continuaram neste sábado entre as tropas do governo e rebeldes. Em um posto de fiscalização na cidade de Slovyansk, tropas foram atacadas, mas repeliram os rebeldes. Ninguém ficou ferido no episódio. Segundo Vladislav Seleznyov, secretário de imprensa para a operação antiterrorista do governo ucraniano, o Exército destruiu um canhão que era usado pelos rebeldes para atacar prédios civis. Em Donetsk, as forças de segurança também conseguiram evitar que os insurgentes retomassem o aeroporto internacional da cidade.

Enquanto isso, o governo ucraniano acusa a Rússia de fazer uma campanha para que outros países não reconheçam o resultado da eleição presidencial realizada este mês, na qual venceu o empresário Petro Poroshenko, que tem uma postura mais alinhada com o Ocidente.

Apesar da campanha russa, o novo governo ucraniano conta com o importante apoio dos Estados Unidos. O presidente norte-americano, Barack Obama, deve se encontrar com Poroshenko na próxima quarta-feira, em Varsóvia (Polônia). Fonte: Dow Jones Newswires.