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Secretário de Educação do Rio chama denúncia de racismo de "idiotice racial"

Secretário de Educação do Rio chama denúncia de racismo de “idiotice racial” Secretário de Educação do Rio chama denúncia de racismo de “idiotice racial” Secretário de Educação do Rio chama denúncia de racismo de “idiotice racial” Secretário de Educação do Rio chama denúncia de racismo de “idiotice racial”

Rio, 21 – O cientista político Cesar Benjamin, secretário municipal de Educação do Rio, está sendo acusado de racismo no Facebook, por chamar de “idiotice racial” apontamentos sobre discriminação a negros, e por afirmar: “Quero que as raças se fodam”. Benjamin cita o caso da atriz Taís Araújo, que falou em uma palestra da série TEDx sobre o tema, e disse: “A cor do meu filho faz com que as pessoas mudem de calçada”.

O texto compartilhado por Benjamin no Facebook diz: “Pessoal, eu sei que fui derrotado, sei que sou minoria da minoria, sei que vou apanhar de novo. Mas continuo detestando a racialização do Brasil, uma criação – eu vi – do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Nossa maior conquista – o conceito de povo brasileiro – desapareceu entre os bem-pensantes. Qualquer idiotice racial prospera. A última delas é uma linda e cheirosa atriz global dizer que as pessoas mudam de calçada quando enxergam o filho dela, que também deve ser lindo e cheiroso. Vocês replicam essa idiotice. Se os brasileiros mudassem de calçada quando vissem uma pessoa morena ou negra, viveriam em eterno ziguezague. Nunca chegariam a lugar nenhum”.

Ele continua: “Me poupem de dizer que ‘os negros estão nas prisões’. Isso vale para falar bonito para a classe média. Vivi bastante tempo no meio da massa carcerária de Bangu, como preso comum. Os brancos, como eu, eram pequena minoria. Os negros também eram pequena minoria. A grande maioria era de gente morena, com todas as gradações do nosso povo. As cores dos presos na galeria em que fiquei, e nas demais, e as cores que vejo na rua são exatamente as mesmas”.

O post de Benjamin está sendo tachado de racista e de propagar a falsa ideia de que existe democracia racial no Brasil, considerado um mito pelos estudiosos do tema. A reportagem não conseguiu contato com o secretário para que ele comente os desdobramentos de suas afirmações.