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Secretário de Educação do Rio critica atuação da PM em áreas onde há escolas

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Rio – O secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Cesar Benjamin, que tem feito críticas a atuação da Polícia Militar em regiões onde há escolas, publicou um texto em seu perfil no Facebook na noite desta quarta-feira, 5, no qual diz não estar conseguindo ser recebido pelas autoridades de segurança do Estado. Benjamin também declarou que começará, nesta quinta-feira, 6, a passar um abaixo-assinado nas escolas para que o pedido de audiência seja respaldado pela comunidade escolar.

O secretário também levantou dados. Segundo ele, cerca de 650 mil crianças e jovens, 43 mil professores, 23 mil funcionários e mais de 1 milhão de pais, mães e responsáveis, integrantes da comunidade escolar da cidade, “vivem uma situação de crescente insegurança”.

“Muitas de nossas 1.537 escolas situam-se em áreas conflagradas, em que o poder público não mais exerce controle territorial efetivo. Facções criminosas ditam as regras do cotidiano, frequentemente em conflito entre si”, disse. “Incursões policiais, violentas e inúteis, causam vítimas inocentes e agravam a situação. A população está indefesa. Somos parte dela.”

O secretário pediu à Secretaria de Segurança Pública e ao Comando Geral da Polícia Militar uma audiência para a formalização de “protocolos claros e rígidos, elaborados em comum acordo, para que a ação policial não ameace a rotina das escolas e a vida de seus integrantes”.

“A adversidade nos une. Não desistiremos da nossa missão. É a civilização contra a barbárie”, escreveu.

Benjamin também quer que os comandos de todos os batalhões da Polícia Militar recebam representantes das comunidades escolares de suas áreas de atuação para debater a situação em cada região da cidade e oferecer garantias públicas de que esses protocolos serão respeitados.

“É imperativo que as instituições estatais busquem uma atuação não conflitante, mas harmônica e complementar. Hoje, isso é especialmente relevante nos casos da educação e da segurança”, disse. “As escolas têm de ser lugares de paz”, finalizou.