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Sem médicos, Hospital da Polícia Militar do Espírito Santo ameaça fechar as portas

Enfermaria infantil do HPM teria parado de operar no domingo e, na segunda, foi a vez do pronto atendimento da unidade. Sesa, no entanto, garante que plantão está mantido

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Funcionários alegam que falta médicos no HPM e admitem que unidade pode fechar as portas de vez Foto: Divulgação/PM

O Hospital da Polícia Militar, em Vitória, corre o risco de fechar as portas definitivamente. Por falta de pediatra, a enfermaria infantil do HPM teria parado de operar de vez no domingo (18). Nesta segunda-feira (19), foi a vez do pronto atendimento ter anunciado a interrupção do atendimento ao público. Também não há atendimento de otorrinolaringologia e diversas outras especialidades.

O principal motivo da crise na unidade de saúde, segundo os funcionários, é a falta de médicos e equipamentos. De acordo com militares, o último concurso para contratação de especialistas foi feito há 25 anos. Segundo a Associação dos Bombeiros Militares do Espírito Santo (ABMES), dos 82 médicos que foram aprovados no concurso público, na ocasião, apenas 14 permanecem trabalhando no HPM.

Na porta do hospital o paciente é recepcionado pelo aviso de que o pronto atendimento só funciona até o meio-dia, pois não foi possível manter a escala de médicos. Além disso, o risco é de fechar definitivamente o setor, porque o contrato não teria sido renovado.

Temendo o fechamento do hospital, caso não haja uma mudança na situação, a ABMES enviou, em março deste ano, ofícios à Assembleia Legislativa e ao Governo do Estado relatando a gravidade da situação e pedindo providencias imediatas. No entanto, segundo o presidente da associação, sargento João Batista, até agora nada foi feito.

“O problema do HPM continua se agravando e, como foi falado no ano passado e também em março e maio, por meio de ofício, reiterando algumas posições, estão matando o HPM por inanição. O que está acontecendo é que está perdendo qualidade de atendimento, alguns profissionais já não existem mais no HPM e é preciso procurar profissionais na rede de saúde, seja no SUS ou na rede privada, pagando seus planos de saúde. O HPM está morrendo”, declarou.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio de nota, informou que o plantão no Hospital da Polícia Militar está mantido. A secretaria esclarece ainda que está ocorrendo a substituição de servidores com contratos temporários por efetivos. Segundo a Sesa, toda equipe está trabalhando para otimizar os serviços e garantir o atendimento à população.