Geral

Sem orçamento definido, governo empossa grupo contra tortura

Sem orçamento definido, governo empossa grupo contra tortura Sem orçamento definido, governo empossa grupo contra tortura Sem orçamento definido, governo empossa grupo contra tortura Sem orçamento definido, governo empossa grupo contra tortura

Brasília – Sem orçamento definido, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, deu posse na manhã desta segunda-feira a nove peritos que vão compor um grupo criado pelo governo federal para prevenir e combater a tortura em locais onde pessoas são mantidas em restrição de liberdade. Outras duas vagas ainda devem ser preenchidas.

Ideli afirmou que ainda não sabe quanto será gasto com o grupo em 2015, porque a dotação orçamentária de cada ministério ainda não está definida. “Eu não posso responder porque o que está na proposta orçamentária ainda vai depender do contingenciamento”, afirmou. Na semana passada, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento de 2015 e a presidente da República, Dilma Rousseff, anunciou que haverá cortes e contingenciamento dos recursos aprovados.

Apesar da incerteza sobre o custeio do trabalho, já é certo que cada perito receberá salário de R$ 8.554,70. Eles passaram por um processo seletivo que levou em conta a experiência no assunto e foram contratados para cargos de confiança na administração federal. De acordo com Ideli, as vagas também foram preenchidas de modo a ter representantes de todas as cinco regiões do Brasil e especialistas nos diversos tipos de ambiente onde pode haver tortura.

O foco do grupo, segundo Ideli, é a atuação em lugares como presídios, delegacias, asilos e hospitais psiquiátricos. Os integrantes do grupo – chamado oficialmente de Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura – poderão entrar, quando entenderem, em qualquer estabelecimento que queiram vistoriar.

A legislação determina que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal deem suporte às atividades do grupo. “O trabalho dos membros do mecanismo ficaria inviabilizado sem essa autorização legal”, disse a ministra. Ela afirmou ainda que, para o combate à tortura ser efetivo, é preciso que os Estados também formem e custeiem seus grupos antitortura e contribuam para a formação de um sistema nacional de combate ao crime.