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Senado quer saber por que verba contra dengue não foi usada

Senado quer saber por que verba contra dengue não foi usada Senado quer saber por que verba contra dengue não foi usada Senado quer saber por que verba contra dengue não foi usada Senado quer saber por que verba contra dengue não foi usada

São Paulo – A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado aprovou nesta terça-feira, 05, um requerimento para que o ministro da Saúde, Arthur Chioro, esclareça as razões de a pasta não ter usado até o momento R$ 13,7 milhões do programa de Coordenação Nacional da Vigilância, Prevenção e Controle da Dengue. De acordo com dados apresentados pelo partido, em 2013, o governo havia investido R$ 20 milhões nesse programa. Ano passado, o investimento caiu para R$ 6,6 milhões. Neste ano, havia a previsão de investimento de R$ 13,7 milhões, mas apenas R$ 2,8 milhões foram empregados no combate à doença.

O Brasil vive uma epidemia de dengue. Este ano, foram confirmadas 229 mortes causadas pela doença – 44,9% a mais do que foi registrado no mesmo período de 2014. O Ministério da Saúde, negou que o aumento de casos esteja relacionado a falta de investimento em ações de prevenção e controle da doença. Por meio de nota, afirmou que os repasses para ações de controle da dengue estão em dia e são financiados não apenas pelo programa citado pelo DEM.

A pasta informou que a principal fonte de recursos para prevenção e controle da doença é o Piso Fixo de Vigilância em Saúde que, para este ano, tem previsão de R$ 1,25 bilhão. Até agora, ainda segundo a nota, foram repassados cerca de R$ 300 milhões dos quais cerca de 60% foram usados para dengue. De acordo com o ministério, os repasses desse fundo (que financia também o controle de doenças como tuberculose e hanseníase) estão em dia.

O Ministério informou que no fim do ano passado foram repassados ainda R$ 150 milhões adicionais para financiar ações de combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. A coordenação geral de programa nacional de controle da dengue, citada pelo DEM, é outro caixa de recursos. A verba ali contida é destinada para estudos de vigilância ou assessoria técnica para Estados e Municípios. Em 2014, foram autorizados R$ 10,1 milhões – que representa a 0,8% do recurso do Piso Fixo de Vigilância em Saúde – dos quais R$ 5,9 milhões foram pagos. Para o orçamento de 2015, já foram executados (empenhado e comprometido para cumprimento constitucional da EC 29) R$ 8,1 milhões dos R$ 13,7 milhões, um crescimento de 37% em comparação a 2014.