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Sindicatos rejeitam proposta da Santa Casa

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São Paulo – Os sindicatos que representam médicos, enfermeiros e demais profissionais da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo decidiram ontem não aceitar a proposta da entidade de pagar salários e benefícios atrasados somente a partir do mês de agosto e de forma parcelada. Com a decisão, os trabalhadores podem entrar em greve na semana que vem.

Parte dos cerca de 7 mil funcionários do complexo hospitalar não recebeu a remuneração de novembro do ano passado e nenhuma das duas parcelas do 13.º salário. Depois disso, várias audiências de conciliação foram realizadas na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em São Paulo, sem que a Santa Casa apresentasse uma solução. Em grave crise financeira, a entidade tem déficit superior a R$ 400 milhões.

Em audiência realizada anteontem, a direção da instituição propôs que os débitos trabalhistas, que somam cerca de R$ 46 milhões, fossem pagos em 36 parcelas, a partir de agosto. De acordo com a proposta, os acertos só seriam feitos antes se a Santa Casa conseguisse vender um imóvel avaliado em R$ 60 milhões na Avenida Paulista, região central de São Paulo. A Santa Casa propôs até que fosse criada uma comissão com representantes sindicais para acompanhar as negociações para venda do imóvel e garantir que o dinheiro fosse usado no pagamento dos salários atrasados.

Sindicatos que representam as três categorias atuantes no complexo hospitalar fizeram assembleias ontem para discutir a proposta e decidiram rejeitá-la. A realização da greve não foi votada imediatamente porque uma nova audiência de conciliação foi agendada para a próxima quarta-feira, para que os trabalhadores apresentem uma contraproposta à direção da entidade.

Quitação

Os sindicatos decidiram que vão exigir que os débitos sejam quitados de forma imediata, uma vez que o atraso nos pagamentos chega a quase quatro meses. Caso a Santa Casa não sinalize que quitará as dívidas, os sindicatos planejam votar na quinta-feira a realização de uma greve.

A data de início da paralisação será decidida somente na assembleia dos trabalhadores. Procurada pelo Estado, a assessoria da Santa Casa informou que não se pronunciaria sobre a decisão dos sindicatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.