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Sistema vai permitir ver desmatamento via satélite com atraso de 24h

Sistema vai permitir ver desmatamento via satélite com atraso de 24h Sistema vai permitir ver desmatamento via satélite com atraso de 24h Sistema vai permitir ver desmatamento via satélite com atraso de 24h Sistema vai permitir ver desmatamento via satélite com atraso de 24h

O governo federal vai utilizar um sistema de acompanhamento por satélite que confere um atraso de apenas 24 horas para monitorar situações como desmatamento, queimadas e abertura de estradas clandestinas para o tráfico de drogas. A informação é do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, segundo quem o sistema permite uma “rapidez muito grande” no acompanhamento, com boa precisão.

O governo federal enfrenta um período de pressão em razão de sua política ambiental, após ser duramente criticado por 29 instituições financeiras internacionais. Como mostrou o Estadão/Broadcast, ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Defesa, Justiça e Itamaraty já se reuniram para levantar dados de cada pasta e, a partir dessas informações, consolidar uma carta de resposta aos investidores.

Em live promovida pelo BTG Pactual, Mendonça afirmou que o sistema de acompanhamento também será disponibilizado aos Estados. “É feito numa rapidez muito grande, com um delay de apenas 24 horas, e com precisão de três metros apenas do satélite. E vamos disponibilizar isso para os Estados e fazendo tudo pelo Fundo Nacional da Segurança Pública”, disse.

No ano passado, reportagem do Estadão/Broadcast mostrou que uma tecnologia de monitoramento privado estava em teste pelo governo. As imagens, do sistema Planet, trazem vantagens para a produção de alertas de perda florestal porque são feitas com frequência diária e apenas 3 metros de resolução, ante 10 a 30 metros dos satélites Sentinel e Landsat, os principais usados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O Planet pertence a uma companhia dos Estados Unidos, mas é fornecido localmente pela empresa brasileira Santiago & Cintra, do interior de São Paulo. A empresa é responsável por processar as imagens e interpretá-las.

O Ministério da Justiça foi procurado para informar se o sistema é o mesmo citado nesta sexta pelo ministro, mas até o momento de publicação do texto não houve retorno da pasta.