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Situação se agrava em hospitais do Rio

Situação se agrava em hospitais do Rio Situação se agrava em hospitais do Rio Situação se agrava em hospitais do Rio Situação se agrava em hospitais do Rio

Com praticamente todos os leitos destinados a pacientes de covid ocupados, o sistema de saúde do Rio de Janeiro está à beira de um colapso. A ocupação das UTIs da rede pública já passa dos 90%, com cerca de 250 pessoas com manifestações graves da doença aguardando vaga.

Para piorar a situação, 16 mil profissionais de saúde do município estão com os salários atrasados, entre eles os que trabalham no Hospital Raul Gazolla, de referência para covid-19, e no Hospital de Campanha do Riocentro, voltado exclusivamente para a pandemia.

Governo e prefeitura prometeram abrir aproximadamente 300 vagas nos próximos 15 dias, mas se recusaram a impor novas medidas de restrição. Especialistas dizem que apenas a abertura de leitos não resolve e um colapso é iminente. “A situação está pior do que no pico da epidemia, naquele momento tínhamos mais leitos”, avisa o diretor do Conselho Regional de Medicina do Rio, Walter Palis. Ele lembra que muitos hospitais de campanha e leitos emergencialmente abertos foram fechados. “No momento esperamos novos leitos, Estamos correndo atrás.”

“Algumas liberações precisam ser revistas, ou o número de casos vai continuar subindo. E ele sobe mais rápido que a nossa capacidade de dar altas e abrir novos leitos”, acrescentou. “A sociedade, por sua vez, precisa fazer sua parte, não adianta reclamar e depois ir aglomerar na praia ou na festa.” Não por acaso, o número de mortes dentro de casa subiu na cidade (de 10 mil no mesmo período do ano passado para 14 mil agora), segundo a Fiocruz.

Rede privada

Quem tem plano de saúde não está mais seguro: na rede privada, a situação é até pior. A lotação já está em 97% e há pacientes em estado grave nas emergências à espera de UTI. “A expectativa para os próximos dias é de aumento da taxa de contágio”, afirmou o diretor da Associação dos Hospitais Privados do Rio, Graccho Alvim. “Acendeu a luz vermelha, a coisa pode estourar em duas semanas.” Para ele, “algumas medidas antipáticas terão de ser tomadas, como fechar as praias e outros lugares de aglomeração”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.