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Soldados ucranianos retomam boa parte de Luhansk

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Donetsk, Ucrânia – Após dias de conflitos nas ruas e semanas de bombardeios, as tropas ucranianas alcançaram um avanço significativo para dentro do território controlado por insurgentes nesta quarta-feira, retomando o controle de boa parte da fortaleza rebelde de Luhansk. Com a conquista, os soldados ficam mais próximos de fechar o cerco em volta de Donetsk, a maior cidade em poder dos separatistas.

Autoridades de Luhansk relataram combates ainda em curso entre os dois lados. No começo da noite (no horário local), as forças do governo retomaram o controle de “partes significativas” da cidade, afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional ucraniano, Andriy Lysenko.

Um avião SU-25 da Ucrânia também foi abatido nas proximidades da cidade, disse Lysenko à rede de TV 112. Ele afirmou que a localização do piloto ainda era desconhecida. Enquanto isso, na manhã desta quarta-feira, mísseis atingiram a área residencial de Donetsk, incluindo o subúrbio de Makiivka. Mais foguetes foram lançados durante a tarde.

O avanço do Exército ucraniano contra os militantes pró-Rússia ocorre em um momento de número de mortes crescente devido às ofensivas continuadas da artilharia. Ao menos 52 mortes foram registradas na quarta-feira, além de 64 pessoas feridas – e devido aos perigos da zona de conflito no leste da Ucrânia, nenhuma morte de Luhansk foi relatada, o que poderia significar que o número de óbitos é ainda maior.

As tropas da Ucrânia têm tentado há semanas expulsar os rebeldes de Luhansk e de Donetsk, cidade com uma população de um milhão de habitantes que encolheu em um terço com a fuga de moradores assustados. Nos últimos dias, vários municípios vizinhos de Donetsk foram atingidos pela artilharia e o conflito nas proximidades da cidade se tornaram mais intensos.

O governo de Kiev também promove esforços políticos para resolver o conflito. O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, vai se encontrar no final de semana com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Kiev, antes de se reunir com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Minsk, capital da Bielo-Rússia, na semana que vem.

O confronto já matou mais de duas mil pessoas e deixou outras 340 mil desabrigadas de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). A crise começou no meio de abril, um mês após a Rússia anexar a península ucraniana da Crimeia. Fonte: Associated Press.