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STF autoriza extradição de estrangeiros acusados por homicídios em outros países

STF autoriza extradição de estrangeiros acusados por homicídios em outros países STF autoriza extradição de estrangeiros acusados por homicídios em outros países STF autoriza extradição de estrangeiros acusados por homicídios em outros países STF autoriza extradição de estrangeiros acusados por homicídios em outros países

Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta terça-feira, 20, a extradição de dois estrangeiros que respondem por homicídios em outros países. A 1ª turma do tribunal autorizou a extradição para a Itália de Pasqualle Scotti, condenado à prisão perpétua por participação em 22 homicídios. De acordo com o tribunal, Scotti é um dos fundadores e líderes da organização criminosa conhecida como Nova Camorra Organizada e fugiu para o Brasil há 30 anos. O italiano morava no Recife (PE), onde foi preso em maio deste ano.

Foi autorizada também a extradição do colombiano Marcos de Jesus Figueroa Garcia para que responda por crimes de associação criminosa, homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele é acusado de participar de 250 homicídios.

Casos

O italiano fugiu da prisão em 1984 e foi condenado por ter cometido 22 homicídios entre 1982 e 1983. A defesa alegou que ele é perseguido político e teria fugido do país porque corria risco de ser executado na prisão. O ministro Luiz Fux, relator da extradição, salientou que a tese da defesa era insustentável e que não havia razões ponderáveis para se deduzir que haveria qualquer tipo de perseguição que inviabilize a extradição.

Segundo a decisão do STF, o governo italiano deverá assumir o compromisso de reduzir a pena para 30 anos, máximo previsto na legislação brasileira. Já o colombiano foi preso em setembro do ano passado no Acre e transferido posteriormente para Brasília. Ele chegou a ser interrogado por Fux em maio deste ano.

A defesa alegou que os pedidos de prisões contra Garcia são cautelares e que ainda não houve condenação. O ministro Fux entendeu que não há conotação política no caso e que ele é acusado de homicídio e não pode ser considerado refugiado.