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STF tem maioria para validar prisão imediata de réus condenados no Tribunal do Júri

STF tem maioria para validar prisão imediata de réus condenados no Tribunal do Júri STF tem maioria para validar prisão imediata de réus condenados no Tribunal do Júri STF tem maioria para validar prisão imediata de réus condenados no Tribunal do Júri STF tem maioria para validar prisão imediata de réus condenados no Tribunal do Júri

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 12, que condenados no Tribunal do Júri devem cumprir as sentenças imediatamente após o julgamento, independente da pena.

O Tribunal do Júri julga crimes dolosos contra a vida, como homicídios, feminicídios, infanticídios e aborto fora das hipóteses previstas em lei. Prevaleceu entre os ministros a posição de que a execução imediata da pena vai reduzir a impunidade nesses casos, que envolvem grande sensibilidade social.

Em geral, as sentenças criminais só começam a ser cumpridas depois que o processo “transita em julgado”, ou seja, após todos os recursos serem esgotados. O modelo é adotado para evitar que o réu seja preso enquanto ainda tem chance de reverter a condenação. Mas, para as condenações no júri popular, o pacote anticrime, aprovado no Congresso em 2019, antecipou o cumprimento da pena se ela for superior a 15 anos.

Com a mudança, o Código Penal passou a prever que o juiz deve determinar a “execução provisória das penas, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos”.

Na prática, com a decisão de hoje, o STF amplia reforma do pacote anticrime para alcançar todas as condenações do Tribunal do Júri, inclusive a sentenças inferiores aos 15 anos de reclusão.

A decisão do Supremo tem repercussão geral, ou seja, deve ser observada por todos os juízes e tribunais do País.