Geral

STJ liberta engenheiros da Vale detidos após rompimento em Brumadinho

Os cinco estavam presos desde o dia 29 de janeiro no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Minas, cumprindo uma prisão temporária de 30 dias

STJ liberta engenheiros da Vale detidos após rompimento em Brumadinho STJ liberta engenheiros da Vale detidos após rompimento em Brumadinho STJ liberta engenheiros da Vale detidos após rompimento em Brumadinho STJ liberta engenheiros da Vale detidos após rompimento em Brumadinho
Foto: Divulgação

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu uma liminar para libertar os engenheiros Andre Jum Yassuda eMakoto Namba; o gerente executivo operacional da Vale, Rodrigo Artur Gomes de Melo; e os gerentes de meio ambiente da Vale Cesar Augusto Paulino Grandchamp e Ricardo Oliveira.

Os cinco estavam presos desde o dia 29 de janeiro no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Minas, cumprindo uma prisão temporária de 30 dias.

“Todos os ministros ressaltaram a gravidade do fato ocorrido e a comoção social causada pela tragédia. No entanto, a turma entendeu que não há fundamentos idôneos para as prisões”, diz o STJ.

Habeas Corpus

Advogados dos funcionários entraram na última segunda-feira (4) com pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

O dois funcionários da Tüv Süd, os engenheiros André Jun Yassuda e Makoto Namba, são defendidos pelo criminalista Augusto de Arruda Botelho. No pedido, segundo o advogado, ele sustenta que as prisões não tinham justificativa adequada, uma vez que foram pedidas com base na informação de que havia laudos atestando a segurança da barragem.

“O que o Ministério Público fez foi pegar uma folha padrão, com uma assinatura, e apresentar como o atestado de segurança. O que não fez foi a análise do trabalho prévio. Um dos laudos tem 300 páginas. Outro, mais de 100. E Há umas série de recomendações, de equipamentos a serem trocados, por exemplo, que não impediam a certificação da barragem”, diz o defensor, ao citar que os engenheiros não tinham como saber se a Vale estava seguindo todas a recomendações feitas na época em que a barragem teve a segurança certificada.

Botelho afirma que os dois detidos foram interrogados até a última sexta-feira e que colaboraram com os investigadores fornecendo todas as informações técnicas que dispunham. Agora, aguardam a decisão judicial.

Já os três funcionários da Vale, César Augusto Paulino Grandchamp, Ricardo de Oliveira e Rodrigo Arthur Gomes de Melo, são defendidos pelo escritório mineiro Ariosvaldo Campos Pires. O jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu localizar seus representantes.

Ambos os pedidos têm como relator o ministro Nefi Cordeiro estão prontos para a análise do magistrado desde as 18 horas desta segunda-feira.