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Supermercados travam queda de braço com prefeituras paulistas

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O avanço mais acelerado da covid-19 em cidades do interior do Estado de São Paulo provoca uma queda de braço entre os supermercados e as prefeituras. Para conter a doença, 25 municípios baixaram decretos restringindo horário de funcionamento dos supermercados, número de pessoas dentro da loja e até a proibição de funcionar aos finais de semana, segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas). Destes, a entidade conseguiu reverter dois decretos, casos de Santa Fé do Sul e São José do Rio Preto. Em Votorantim o processo ainda está na Justiça. Nos demais, as restrições ao funcionamento do setor, tido como essencial, estão mantidas.

A argumentação dos supermercados para obter o sinal verde ao funcionamento se baseia na essencialidade do setor, cujas vendas de alimentos e de itens de higiene pessoal e limpeza respondem por cerca de 80% do faturamento.

O outro argumento é que a restrição de dias de funcionamento provoca mais aglomerações nos dias anteriores e posteriores em relação ao período que a loja permaneceu fechada.

Delivery

Até o dia 30 de julho, a prefeitura de José Bonifácio proibiu o funcionamento dos supermercados aos sábados e domingos. Aos sábados só estão autorizadas as vendas por meio de entrega (delivery). No domingo nem isso, diz o controlador interno da Prefeitura, Marlon Gustavo Marques Cardoso. A reportagem tentou contato na última Segunda-feira (20) com o prefeito, mas não conseguiu – ele estava fazendo exame para testar contra covid-19.

Com cerca de 37 mil habitantes, o município que fica a menos de 50 quilômetros de São José do Rio Preto tem enfrentado dias difíceis por conta da pandemia. “Todo dia aparecem entre 15 a 16 novos casos”, diz Cardoso. Confirmados, já são mais de 300. Depois do dia 30, a decisão de restringir o funcionamento dos supermercados será reavaliada.

Em Limeira, a restrição vai além deste mês. A prefeitura da cidade decidiu que, nos finais de semana de 25 e 26 de julho e 1º e 2 de agosto, os supermercados deverão ficar fechados, sendo autorizado apenas serviços de delivery.

Mesmo com todos os entraves, os supermercados não podem reclamar. Enquanto a maior parte do comércio amarga prejuízos, as vendas do setor no Estado de São Paulo cresceram 7,4% entre janeiro e maio, descontada a inflação do período.