Geral

Suprema Corte dos EUA derruba lei que permitia passaporte de Jerusalém

Suprema Corte dos EUA derruba lei que permitia passaporte de Jerusalém Suprema Corte dos EUA derruba lei que permitia passaporte de Jerusalém Suprema Corte dos EUA derruba lei que permitia passaporte de Jerusalém Suprema Corte dos EUA derruba lei que permitia passaporte de Jerusalém

Washington – A Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou uma lei nesta segunda-feira que permitia um americano nascido em Jerusalém, em Israel, de ter o local de seu nascimento no passaporte e ressaltou que este tipo de decisão relacionada a assuntos externos é de autoridade do presidente Barack Obama.

O tribunal decidiu que o Congresso ultrapassou seus limites quando aprovou a lei em 2002, forçando o Departamento de Estado a alterar a sua política de longa data de não listar Israel como o país dos americanos nascidos em Jerusalém.

A política faz parte da recusa do governo de reconhecer a soberania de Jerusalém, até que israelenses e palestinos resolvam o seu estatuto através de negociações.

O juiz Anthony Kennedy disse que a opinião da maioria é que o presidente dos EUA tem poder exclusivo de reconhecer as nações estrangeiras, e que o poder de determinar o que diz um passaporte faz parte desse poder.

“O reconhecimento é uma questão em que a nação deve falar a uma só voz. E a voz é a do presidente”, escreveu Kennedy.

A decisão encerra um processo de 12 anos de um caso de um americano nascido em Jerusalém, Menachem Zivotofsky, e seus pais, que são cidadãos dos EUA.

A consideração do tribunal coincidiu com a tensão palestino-israelense sobre Jerusalém e a tensão no conflito nas relações entre Israel e os EUA destacado pela crítica do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre o papel dos EUA nas negociações internacionais com o Irã sobre seu programa nuclear.

Por sua parte, o presidente Barack Obama disse que permanece cético pelos esforços de Netanyahu para esclarecer declarações pré-eleitorais rejeitando a criação de um Estado palestino.

Os EUA há muito tempo se absteve de reconhecer a soberania de qualquer nação sobre Jerusalém e declarou que o status da cidade deve ser resolvido através de negociações entre as partes. Fonte: Associated Press.