Geral

Torre de TV do sambódromo do Rio será substituída

Torre de TV do sambódromo do Rio será substituída Torre de TV do sambódromo do Rio será substituída Torre de TV do sambódromo do Rio será substituída Torre de TV do sambódromo do Rio será substituída

Rio – Nos últimos anos, os desfiles das escolas de samba do Rio têm oferecido uma emoção adicional e involuntária. A cada carro alegórico que se aproxima dos setores 10 e 11, já no trecho final do sambódromo, surge a dúvida: será que vai passar ileso sob os 9,75 metros da torre de concreto usada por cinegrafistas e repórteres fotográficos para registrar imagens do alto?

Não foram poucas as escolas que, por falta de planejamento ou problemas mecânicos nos carros, tiveram problemas com a torre. Pois agora a Prefeitura do Rio e a Liga das Escolas de Samba (Liesa) planejam acabar com o problema: antes do próximo carnaval, a torre deve ser derrubada e substituída por uma estrutura móvel com pelo menos 11 metros de altura.

Ainda não estão definidos detalhes da obra, como data de realização e custo, mas a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) afirmou que apoia a mudança e que o tema “está em análise”. A Liesa já dá como certa a alteração.

Quando o sambódromo foi construído, antes do desfile de 1984, as alegorias não eram tão grandes como hoje e a altura da torre não significava uma ameaça. Mas os carros alegóricos foram crescendo: já em 1989, uma alegoria da Imperatriz Leopoldinense que trazia destaque representando Duque de Caxias sobre um cavalo tinha mais de 10 metros de altura e causou apreensão no público. A poucos metros da torre, porém, um mecanismo foi acionado para reduzir a altura da alegoria, o destaque tirou o chapéu e passou triunfante pela torre, sob aplausos do aliviado público.

A escola sagrou-se campeã e o carnavalesco Max Lopes decidiu recorrer novamente ao mecanismo no ano seguinte. Em 1990, porém, o mecanismo não funcionou, o carro alegórico ficou vários minutos parado antes da torre e só passou depois que o mesmo destaque tirou adereços e fez contorcionismo para não ser derrubado. A escola perdeu pontos em evolução e ficou em quarto lugar.

Problemas semelhantes se repetiram muitas vezes desde então. Em 2015, a águia símbolo da Portela, exibida sob a forma do Cristo Redentor, tinha 18 metros de altura e causou suspense e tensão entre componentes e torcedores da escola de Madureira, na zona norte. Para alívio deles, o mecanismo que fez a alegoria se abaixar funcionou direitinho e a águia passou ilesa pela torre.