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Tribunal do Bahrein ordena dissolução de grupo de oposição ao governo

Tribunal do Bahrein ordena dissolução de grupo de oposição ao governo Tribunal do Bahrein ordena dissolução de grupo de oposição ao governo Tribunal do Bahrein ordena dissolução de grupo de oposição ao governo Tribunal do Bahrein ordena dissolução de grupo de oposição ao governo

Dubai – Um tribunal no Bahrein ordenou neste domingo que o principal grupo de oposição xiita do país seja dissolvido, segundo informou a mídia local, aprofundando a repressão aos dissidentes no reino que é aliado das potências ocidentais.

A ordem contra a Al-Wefaq marca um dos golpes mais importantes contra os ativistas da sociedade civil no país que é governado por sunitas, e que foi abalado por protestos liderados por sua maioria xiita exigindo reformas políticas há cinco anos.

Bahrein, que acolhe a 5ª Frota da Marinha dos Estados Unidos, acabou com os protestos de 2011 com a ajuda de seus vizinhos Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Mas desde então, protestos menos intensos e ocasionalmente violentos agitam o país, apesar das reformas postas em prática após a revolta que teve inspiração na Primavera Árabe.

Os jornais Al-Ayam e Al-Wasat relatam que a decisão de hoje determina que os ativos do grupo devem ser liquidados e transferidos para o Tesouro do Estado.

Brian Dooley, diretor para defesa dos direitos humanos da organização na Direitos Humanos Primeiro, com sede em Washington, criticou a decisão do tribunal como o “ato mais repressivo do governo dos últimos cinco anos.”

“A decisão de hoje é um erro perigoso, e deixa o Bahrein sem qualquer saída pacífica para o problema”, disse Dooley. “O governo do reino passa para seu povo a mensagem de que, de agora em diante, os cidadão não têm só seus direitos negados, mas também não podem exigir esses direitos”.

Autoridades suspenderam as atividades do al-Wefaq e congelaram seus fundos no mês passado, acusando o grupo de criar “uma nova geração que carrega o espírito de ódio”, e de ter ligações com “partidos políticos sectários e extremistas que adotam o terrorismo”.

Abdullah al-Shamlawi, um advogado que defendeu o grupo de oposição ao governo, afirma que a decisão “partiu do nada”. Ele negou todas as acusações. Ele e outros membros da equipe de defesa se retiraram do caso depois que o juiz negou o acesso aos escritórios da al-Wefaq para preparar a defesa. Fonte: Dow Jones Newswires.