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UE diz querer trabalhar com EUA para lidar com China, mas não concordar em tudo

UE diz querer trabalhar com EUA para lidar com China, mas não concordar em tudo UE diz querer trabalhar com EUA para lidar com China, mas não concordar em tudo UE diz querer trabalhar com EUA para lidar com China, mas não concordar em tudo UE diz querer trabalhar com EUA para lidar com China, mas não concordar em tudo

O Alto Representante da União Europeia (UE) para Relações Exteriores, Josep Borrell, afirmou que pretende trabalhar com o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para lidar com preocupações mútuas envolvendo a China, como o 5G e a repressão política a manifestantes em Hong Kong. A relação do bloco com Pequim, porém, é multifacetada e a UE não concorda com todos os pontos defendidos por Washington.

“A China é nossa parceira, competidora e rival ao mesmo tempo”, definiu Borrell.

Ele citou o acordo de investimentos com a China como um ponto de inflexão em relação à abordagem dos EUA quanto ao país asiático.

Segundo Borrell, o pacto com os chineses provê um melhor acesso aos mercados para as companhias europeias. Mesmo assim, o representante da UE disse que “não há nada mais importante” para a política exterior do bloco e dos EUA do que a parceria entre ambos.

Ele afirmou acreditar que o governo de Biden será “mais razoável” ao considerar as relações da UE com a China, em comparação com a administração do ex-presidente Donald Trump.

Irã

Além da China, Borrell listou o resgate do acordo nuclear com o Irã como uma das prioridades da parceria entre UE e EUA.

Para ele, o ideal é que os Estados signatários do Plano de Ação Abrangente Conjunto (JCPOA, na sigla em inglês), como é oficialmente chamado o pacto, se reúnam para retomá-lo e definir a reentrada dos EUA no acordo, para depois discutir as questões envolvendo as obrigações de cada país.

Pandemia

Combater a nível global a pandemia de covid-19 também é um objetivo prioritário na agenda da UE e dos EUA, afirmou Borrell, que defendeu a ampliação da capacidade produtiva de vacinas para que a crise sanitária chegue ao fim mais rapidamente.

Rússia

Após uma tentativa frustrada de levantar as preocupações do governo russo quanto à prisão do ativista opositor Alexei Navalny, em visita recente a Moscou, Borrell afirmou que a reação agressiva do regime do presidente Vladimir Putin contra a UE mostra que o país não está disposto a cooperar com o bloco.

Para ele, ficou claro que a UE representa uma “ameaça existencial” à Putin por conta de seus valores democráticos. Na segunda-feira, os ministros das Relações Exteriores do bloco concordaram em preparar sanções contra quatro autoridades russas, em uma resposta simbólica à prisão de Navalny.