Geral

Vacinação contra HPV continua nas unidades de saúde do ES

Vacinação contra HPV continua nas unidades de saúde do ES Vacinação contra HPV continua nas unidades de saúde do ES Vacinação contra HPV continua nas unidades de saúde do ES Vacinação contra HPV continua nas unidades de saúde do ES

A implantação da vacina contra HPV no calendário básico de imunização para adolescentes foi considerada um sucesso no Espírito Santo. Em pouco mais de um mês, o Estado ultrapassou a meta anual estabelecida pelo Ministério da Saúde, atingindo 74,7 mil meninas entre 11 e 13 anos de idade, representando 86,2% do total de 91,8 mil estimadas. A vacinação continua a ser ofertada nas unidades de saúde municipais.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Danielle Grillo, avalia que foi muito boa a resposta da população à estratégia de mobilização nas escolas públicas e particulares para chamar a atenção sobre a importância de se proteger contra o câncer de colo de útero causado pelo vírus. “Houve grande adesão dos pais e adolescentes. Com isso, o Espírito Santo ocupa, no momento, o terceiro lugar no ranking entre os estados com melhor índice de cobertura, atrás apenas de São Paulo e Rio Grande do Sul”, comemora.

A orientação agora é que as meninas de 11 a 13 anos que, por algum motivo, perderam a dose, procurem a unidade de saúde mais próxima de sua residência, assim como as adolescentes que forem completando 11 anos até dezembro.

No ano que vem, o público-alvo visado pela imunização contra o HPV passa a ser meninas de 09 a 11 anos de idade. E, de 2016 em diante, somente as pré-adolescentes com 09 anos. 

Danielle ressalta que a boa adesão dará resultados a curto prazo na redução de incidência de verrugas genitais e, a longo prazo, no número de casos de câncer de colo de útero. Por isso, destaca a importância das adolescentes guardarem o cartão de vacinação e completarem o esquema vacinal: tomar a segunda dose seis meses após a primeira e concluir, com a terceira e última, cinco anos depois da dose inicial.

A coordenadora reforça também que a vacina é uma importante ferramenta de proteção contra o câncer de colo de útero, mas não substitui o rastreamento do câncer feito por meio do exame preventivo. Da mesma forma, a imunização não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, é importante usar o preservativo. 

HPV

Existem mais de 150 tipos de HPV (papilomavírus humano). A vacina oferecida gratuitamente pelo SUS protegerá contra quatro tipos – dois deles são responsáveis por verrugas genitais e os outros dois relacionados ao aparecimento de aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo de útero gerados pelo vírus. 

A vacina previne o surgimento de diversos tipos de lesões e cânceres causados pelo vírus, principalmente o de colo de útero. O HPV pode acometer tanto mulheres quanto homens, contribuindo para o surgimento de câncer de vagina, ânus, vulva, pênis, além de causar verrugas genitais. 

A imunização das adolescentes antes do início da vida sexual tem melhor resposta na proteção e ajuda a quebrar a cadeia de transmissão, já que aproximadamente 95% dos casos da doença são transmitidos por esse meio. Portanto, a ação terá impacto na redução de lesões em ambos os sexos.

Cobertura

A meta do Ministério da Saúde era imunizar 80% das 91,8 mil adolescentes capixabas na faixa etária, o que representa 73,4 mil meninas. Até esta quinta-feira (17), o índice alcançado foi de 86,2% (74.728 adolescentes contempladas). 

A imunização é contraindicada para quem tem alergia grave a algum componente do produto, à dose anterior e à levedura. Quem está grávida não pode ser vacinada. A coordenadora afirma que essa vacina é comercializada em 51 países desde 2006, com mais de 170 milhões de doses aplicadas. No Brasil, é a mesma encontrada na rede particular.