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Vacinas experimentais contra Ebola estarão disponíveis no início de 2015

O ébola, altamente contagioso, já deixou quase 3 mil mortos e mais de 6 mil pessoas estão infectadas, sobretudo na Guiné-Conacri, Libéria e em Serra Leoa

Vacinas experimentais contra Ebola estarão disponíveis no início de 2015 Vacinas experimentais contra Ebola estarão disponíveis no início de 2015 Vacinas experimentais contra Ebola estarão disponíveis no início de 2015 Vacinas experimentais contra Ebola estarão disponíveis no início de 2015
O ébola já deixou quase 3 mil mortos e mais de 6 mil pessoas estão infectadas Foto: Agência Brasil

Milhares de vacinas experimentais contra o vírus ébola, desenvolvidas pelas companhias britânica GSK e norte-americana NewLink Genetics, deverão estar disponíveis no início de 2015, informou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A GSK deverá ter 10 mil doses disponíveis no início do próximo ano”, informou Marie-Paule Kieny, subdiretora-geral da OMS, em entrevista hoje (26) em Genebra.

A NewLink Genetics, que doou cerca de mil doses à OMS, deverá dispor de alguns milhares mais de vacinas nos próximos meses”, acrescentou a subdiretora.

No que se refere ao soro ZMapp, que não passou por ensaios clínicos mas foi administrado a muitas pessoas infectadas pelo vírus, os estoques estão esgotados no mundo inteiro.

“Algumas centenas de doses” do soro, de acordo com Marie-Paule, deverão estar disponíveis até o fim do ano, mas não serão suficientes para ter grande impacto sobre a epidemia.

Não existe uma vacina ou tratamento específico homologado contra o ébola.

A OMS autorizou neste mês a utilização de terapias à base de sangue, como os soros convalescentes, nos países afetados.

“A transfusão de sangue foi iniciada em pequena escala”, disse Kieny, lembrando que a OMS espera que o número de transfusões aumente no início do próximo ano.

“A mobilização vai permitir o desenvolvimento de vacinas e medicamentos promissores”, destacou. Para ela, ninguém sabe ainda se dará resultado.

A representante da OMS acrescentou que o problema principal não é a falta de medicamentos na atual crise. “O problema principal é a fragilidade dos sistemas de saúde”.

O ébola, altamente contagioso, já deixou quase 3 mil mortos e mais de 6 mil pessoas estão infectadas, sobretudo na Guiné-Conacri, Libéria e em Serra Leoa.

A OMS advertiu que a epidemia está em uma espiral de “crescimento explosivo” e poderia, na ausência de reforços significativos dos recursos utilizados, contaminar 20 mil pessoas até novembro.