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Vereadora do PT acusa Fernando Holiday de agressão

Vereadora do PT acusa Fernando Holiday de agressão Vereadora do PT acusa Fernando Holiday de agressão Vereadora do PT acusa Fernando Holiday de agressão Vereadora do PT acusa Fernando Holiday de agressão

São Paulo – A tensão nas redes sociais entre esquerda e direita entrou na Câmara Municipal na tarde desta sexta-feira, 10, em um tumulto envolvendo os vereadores Fernando Holiday (DEM), coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL), e a vereadora Juliana Cardoso (PT), que acusou assessores do democrata de agressão. Um tumulto paralisou a sessão desta tarde na qual era discutido o projeto de multa para pichadores. Depois, a sessão voltou.

“Agrediu verbalmente, com tapa.. Onde já se viu isso? Numa Câmara Municipal, a liderança do Partido dos Trabalhadores, o que é?”, disse a vereadora, que perguntou ainda “que molecagem é essa?”

Segundo Juliana, no começo da tarde, membros do gabinete de Holiday abordaram o senador Lindberg Faria (PT), que fazia uma visita à bancada petista paulistana, quando ele já deixava o prédio. No estacionamento do subsolo, com celulares filmando a ação, o teriam chamado de “corrupto”. O gesto teria terminado em um empurra-empurra entre militantes do PT e do MBL.

Após isso, funcionários do PT se dirigiram à sala da liderança da bancada, no 6º andar, para discutir o caso. Mas a reunião foi interrompida com uma invasão da sala. “Eram dois ou três assessores do Holiday”, segundo contou o funcionário do PT André Kuchar, que também estavam filmando seus atos.

Depois do incidente, Juliana foi ao plenário e relatava o caso nos microfones, quando foi interrompida pelo presidente da Casa, Milton Leite (DEM), padrinho político de Holiday. “Vereadora, pediria que a senhora fizesse uma queixa aqui junto à Presidência, ou à Corregedoria, que são os meios legais. Cabe ao senhor corregedor a que tome as providências”, disse o presidente da Câmara.

Aí foi a vez de o líder do PT na Câmara, Antonio Donato, de interromper Milton Leite. “Presidente, é um fato extremamente grave, peço que o senhor suspenda a sessão para encaminhar uma solução imediatamente para esse ataque à democracia”. Na sequência, aos gritos, disse “fascismo aqui dentro não!”

Um novo empurra-empurra se seguiu no plenário, que terminou por ação dos próprios vereadores. Juliana, Holiday e os vereadores Eduardo Tuma (PSDB) e Eduardo Suplicy (PT) se dirigiram ao gabinete do coordenador do MBL, onde ficaram até o começo da noite desta sexta.

Holiday disse que não tinha conhecimento da ação de seus assessores e que, se ocorreu alguma ilegalidade, os responsáveis seriam punidos.

A Mesa Diretora da Câmara emitiu uma nota oficial:

“Duas pessoas adentraram uma reunião privada do PT sem a devida autorização. A apuração inicial da PM disse que não houve agressão física mas todos os envolvidos ainda serão ouvidos. A presidência da Câmara tomará todas as medidas necessárias para resolver o lamentável ocorrido”