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Vítima do novo coronavírus, aposentada deixa cinco filhas e oito netos no Norte do ES

Maria Angélica de Souza Alves foi internada no dia 21 de junho e uma semana depois não resistiu e faleceu

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Mãe de cinco filhas e avó de oito netos, Maria Angélica de Souza Alves, de 61 anos, foi mais uma vítima do novo coronavírus. A moradora do município de Boa Esperança, região Norte do Espírito Santo, começou a sentir os sintomas na metade do mês de junho e a partir disso o drama familiar começou

O marido de dona Maria, Sebastião Alves Pinto, também foi contaminado com a covid-19. Os dois foram internados em São Mateus, só que a situação dele piorou e o pulmão ficou comprometido por conta do vírus. Ele foi transferido para hospitais em Barra de São Francisco e Colatina até ser transferido para o Jayme dos Santos Neves, na Serra. Enquanto seu Sebastião se recuperava, a esposa piorou. Ela foi internada no dia 21 de junho e uma semana depois não resistiu e faleceu.

Cerca de vinte dias após a morte de dona Maria, o marido teve alta e voltou para casa. No entanto, o desafio das filhas seria contar para ele que a companheira havia morrido. “Ela era feliz, alegre, amava ir para igreja e servir na casa de Deus. Era um exemplo de mulher e pessoa”, afirmou Andreia de Souza Alves, uma das filhas.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Maria Angélica de Souza Alves e Sebastião Alves Pinto foram casados durante 42 anos

Dona Maria cuidou, junto com o marido, das cinco filhas e ajudava a criar os oito netos, que eram os xodós dela. Religiosa, ela ensinava para as filhas que mesmo diante das dificuldades não abaixassem a cabeça. “Em momento algum, em meio até a dor, eu nunca vi a minha mãe lamentado. Ela sempre mostrou para nós que sempre devemos colocar nas mãos de Jesus e que tudo seria resolvido”, reiterou Lucélia de Souza Alves, outra filha do casal.

Maria Angélica de Souza Alves, esposa, mãe e avó. Uma mulher guerreira e otimista, mas, infelizmente, mais uma vítima da covid-19 no Espírito Santo. Mais uma família que chora por causa da doença. “Muitas vezes as pessoas acham que essa doença é uma gripezinha (sic) e que não existe, mas só quando você realmente passa por isso é que você percebe a gravidade”, alerta Adriana de Souza Alves.

Com informações do repórter Matheus Brum, da TV Vitória/Record TV.