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Vitória está entre as cinco capitais com maior incidência de diabetes no país

O Dia Mundial de Combate ao Diabetes, comemorado nesta terça-feira (14), é uma forma de alertar as pessoas sobre os perigos da doença e do não tratamento.

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Foto: Divulgação/ Sesa
Foto: Divulgação/ Sesa

A cidade de Vitória está entre as cinco capitais brasileiras com maior incidência de diabetes. Os dados foram divulgados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em abril deste ano. Em primeiro lugar vem o Rio de Janeiro com 10,4 casos a cada 100 mil habitantes, em segundo e terceiro estão Belo Horizonte e Natal, com 10,1 casos, São Paulo está em quarto com 10 casos e a capital capixaba em quinto com 9,7 casos.

O diabetes é uma doença silenciosa, crônica, que não tem cura, e progressiva, que surge pelo aumento de glicose no sangue e pode causar complicações sérias como cegueira, infarto, derrame e até a amputação dos membros, se não for tratada adequadamente. O Dia Mundial de Combate ao Diabetes, comemorado nesta terça-feira (14), é uma forma de alertar as pessoas sobre os perigos da doença e do não tratamento.

A pesquisa realizada pela Vigitel aponta que o número de pessoas diagnosticadas com a doença cresceu 61,8% nos últimos 10 anos. De acordo com o estudo, o percentual de brasileiros com diabetes passou de 5,5% da população em 2006 para 8,9% em 2016. Entre os principais sintomas da doença estão sede em excesso, aumento da urina, alteração na visão, dificuldade na cicatrização de feridas, infecções de repetição (principalmente urinárias), entre outros.

O médico Werther Clay Monico Rosa, que é referência técnica em diabetes e hipertensão da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), explicou que existem dois tipos de diabetes: tipo I e tipo II, e destacou que o tipo I aparece na juventude e tem como causa a falta da síntese da insulina. Já o tipo II, segundo o médico, aparece geralmente entre os 30 e 40 anos de idade, e nele ocorre o excesso de insulina, e que o problema é a resistência a ação desta insulina.

Ele destacou ainda que, em geral, 15% a 25% da população adulta é diabética, e a grande maioria do tipo II. Esses dados são válidos para o Espírito Santo. “O tipo II é o mais frequente e é o que preocupa a maioria das pessoas, mas também é o que oferece maior possibilidade de modificação/melhora com o tratamento. Existem medidas que diminuem a incidência do diabetes tipo II como a perda de peso em pessoas obesas ou sobrepeso. Exercício físico e dieta com poucos açúcares também são importantes”.

O médico ainda explicou que entre os principais fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento da doença estão casos na família, vida sedentária, sobrepeso e ingestão de alimentos do grupo dos açúcares (carboidratos). “É possível ter qualidade de vida tendo diabetes. A maioria das mudanças que as pessoas fazem no estilo de vida quando se tem diabetes são também recomendadas para a manutenção da saúde de forma geral, como exercícios regulares, dieta e perda de peso. A melhora percebida na qualidade de vida é muito grande. Além disso, há cada vez mais recursos modernos de tratamento que diminuem os transtornos causados pelo tratamento, como insulinas de ação mais longa e bem toleradas, medicamentos modernos com mais comodidade de ajuste de horário e monitores de açúcar no sangue portáteis e fáceis de usar, que ajudam o paciente a se controlar melhor”, destacou.

Tratamento

De acordo com a Sesa, todo o tratamento medicamentoso para diabetes é feito na rede municipal de saúde. O Governo do Estado, no entanto, oferece dois tipos de insulina de alto custo, que são a glargina e a detemir.