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Tempestade tropical vira furacão ao se aproximar do Caribe mexicano

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) informou em um boletim atualizado que Zeta está 170 km a sudeste da ilha mexicana de Cozumel, com ventos máximos sustentados de 130km/h

Tempestade tropical vira furacão ao se aproximar do Caribe mexicano Tempestade tropical vira furacão ao se aproximar do Caribe mexicano Tempestade tropical vira furacão ao se aproximar do Caribe mexicano Tempestade tropical vira furacão ao se aproximar do Caribe mexicano
Foto: Reproduçã/NASA

A tempestade tropical Zeta se tornou nesta segunda-feira, 26, um furacão de categoria 1, enquanto se aproxima do Caribe mexicano, onde poderia tocar o solo da península de Yucatán, atingida dias atrás pela tempestade Delta.

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) informou em um boletim atualizado que Zeta está 170 km a sudeste da ilha mexicana de Cozumel, com ventos máximos sustentados de 130km/h.

Não se espera que o Zeta se fortaleça muito mais antes de atravessar a península de Yucatán. Ele deve gerar fortes chuvas na região, nas Ilhas Cayman e em partes de Cuba nesta terça-feira, 27, provocando possíveis enchentes em áreas urbanas. O furacão deve atingir a costa do Golfo dos Estados Unidos na quarta-feira, 28, onde pode interromper a produção de petróleo.

O estado de Quintana Roo, onde estão os balneários do Caribe mexicano, declarou alerta laranja e ordenou a suspensão das atividades de trabalho. Além disso, as autoridades pediram aos moradores e turistas que se refugiem em casa ou em seus hotéis. O transporte marítimo de carga e de passageiros foi suspenso no norte do estado. O governo também habilitou vários abrigos para quem não se sentir seguro em casa.

A produtora de petróleo BP disse nesta segunda-feira que começou a encerrar a produção em suas plataformas e ativos do Golfo do México antes da chegada do Zeta, após iniciar uma retirada de seus funcionários no domingo. A empresa acrescentou que suas quatro unidades móveis de perfuração offshore também estão em processo de proteger seus poços para resistir com segurança à tempestade.

“A gente se previne”

Em Cancún, alguns banhistas desfrutavam das últimas horas de praia antes da chegada da tempestade.

Mayra Sánchez, estudante espanhola de 26 anos, disse estar despreocupada com o Zeta, ao afirmar que conhecidos seus lhe disseram que não ganharia força.

“Amigos meus me disseram que não é preciso se preocupar, temos que aproveitar cada instante deste lugar maravilhoso, embora não possamos entrar no mar”, disse à Agência France Press.

No centro da cidade, no entanto, os moradores compravam provisões, além de madeira e fita isolante para proteger as janelas. Nos postos de gasolina, carros faziam fila para abastecer.

“A gente se previne com o que dizem. É melhor prevenir porque daquela vez com o [furacão de categoria 5] Wilma, sofremos muito sem água, sem luz, sem ter o que comer”, contou Lucía Castro, mexicana residente há 19 anos em Cancún, lembrando do furacão que castigou o balneário em 2005.

Na madrugada de 7 de outubro, o furacão Delta tocou o solo perto de Cancún com categoria 2 (de 5) da escala Saffir-Simpson, sem deixar vítimas, apenas danos materiais.

A passagem de furacões e tempestades representa um novo golpe para estes balneários, que viram cair dramaticamente a chegada de visitantes pela pandemia de covid-19. O turismo representa mais de 8% do PIB do México.

A temporada de furacões 2020 no Atlântico registra recorde de atividade, visto que Zeta já é a 28ª tempestade. Esgotados os nomes previstos para estes fenômenos, os meteorologistas começaram a identificá-los com letras do alfabeto grego. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)