Novo estudo aprimora detecção de TEA Novo estudo aprimora detecção de TEA Novo estudo aprimora detecção de TEA Novo estudo aprimora detecção de TEA
Garoto em terapia ocupacional
Garoto em terapia ocupacional - Crédito: Freepik

Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação da Universidade Federal de Uberlândia (PPGCO/UFU) busca aprimorar a detecção do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O que é TEA

O transtorno é caracterizado por alterações no desenvolvimento neurológico que podem impactar a organização de pensamentos, sentimentos e emoções, com sinais que costumam surgir nos primeiros meses de vida. O diagnóstico geralmente é confirmado entre dois e três anos de idade.

O estudo

O estudo foi conduzido por Janayna Moura Fernandes durante o mestrado na Faculdade de Computação (Facom), concluído em 2024. A pesquisadora utilizou a espectroscopia por infravermelho (FTIR), técnica que permite a análise de amostras biológicas, como saliva, sem a necessidade de exames invasivos. Para interpretar os dados complexos gerados por essa metodologia, foi desenvolvida a ferramenta GANet, baseada em redes complexas e algoritmos genéticos. Segundo Fernandes, a ferramenta identifica padrões associados ao TEA com alta precisão, superando métodos tradicionais e contribuindo para diagnósticos mais rápidos e acessíveis.

Intitulada “Otimização de redes baseada em Algoritmos Genéticos para classificação de alto nível via redes complexas”, a dissertação foi orientada pelos professores Murillo Guimarães Carneiro e Gina Maira Barbosa de Oliveira. A pesquisa tem o potencial de auxiliar famílias e profissionais da saúde na identificação precoce do autismo, possibilitando intervenções mais eficazes.

O trabalho foi reconhecido com o 2º lugar na categoria Mestrado do 14º Concurso de Teses e Dissertações em Inteligência Artificial e Computacional (CTDIAC), realizado durante a 34ª Conferência Brasileira de Sistemas Inteligentes (BRACIS 2024), em Belém (PA). O BRACIS é um dos principais eventos acadêmicos do Brasil nas áreas de inteligência artificial e computacional, destacando pesquisas relevantes no setor.

Fernandes apontou que a utilização de tecnologias não invasivas e acessíveis no diagnóstico de condições de saúde foi um dos principais motivadores do estudo, especialmente em regiões com poucos recursos.

“Além disso, tenho um forte interesse em como redes e inteligência computacional podem ser aplicadas em problemas reais, e essa pesquisa me permitiu contribuir para a saúde pública enquanto exploro redes complexas e computação bio-inspirada. Trabalhar com algo que tem impacto direto na qualidade de vida das pessoas é uma grande motivação para mim”.

A pesquisa recebeu apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Teranóstica e Biotecnologia (INCT-TeraNano) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Feapaes-ES

A Federação das Apaes do Estado do Espírito Santo (Feapaes-ES) é uma associação civil beneficente que luta pela causa das pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla. Sem fins lucrativos e de fins não econômicos, a instituição possui 42 filiadas, entre Apaes, a Amaes e Vitória Down, que atendem a mais de 9 mil pessoas com deficiência. Entre em contato pelo [email protected]

A Federação das Apaes do Estado do Espírito Santo (Feapaes-ES) é uma associação civil beneficente que luta pela causa das pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla. Sem fins lucrativos e de fins não econômicos, a instituição possui 42 filiadas, entre Apaes, a Amaes e Vitória Down, que atendem a mais de 9 mil pessoas com deficiência. Entre em contato pelo [email protected]