Um balanço da 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência Um balanço da 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência Um balanço da 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência Um balanço da 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Foram anunciadas diversas medidas durante o evento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, na quarta-feira, 17, um decreto que estabelece o Sistema Nacional de Cadastro da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (SisTEA). A medida visa facilitar e padronizar a emissão da carteira nacional de identificação para essa população.

O sistema informatizado será gerido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH) e operacionalizado em parceria com órgãos estaduais e municipais. A assinatura ocorreu durante o encerramento da 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília.

Durante o evento, o MDH e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome assinaram um acordo de cooperação no âmbito da Política Nacional do Cuidado e do Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência. O objetivo é desenvolver ações intersetoriais em resposta às demandas de pessoas com deficiência, considerando a interseccionalidade de gênero, classe, raça, etnia, idade e território, além da interdependência entre quem cuida e quem demanda cuidados.

Também foi assinada uma portaria interministerial entre o MDH e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), estabelecendo procedimentos para adaptações de acessibilidade nos edifícios públicos federais.

Foi entregue o relatório final do Grupo de Trabalho sobre a Avaliação Biopsicossocial Unificada da Deficiência, que trata da implementação dessa avaliação no país. A proposta do governo é desenvolver uma metodologia de avaliação que vá além do modelo médico tradicional, reconhecendo a deficiência como uma interação complexa de fatores biológicos, psicológicos e sociais.

A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do MDH, Anna Paula Feminella, afirmou que o ministério está dialogando com diversas pastas sobre a aplicação da avaliação biopsicossocial em diferentes políticas e serviços públicos. Ela destacou a importância de combater o capacitismo, que é a discriminação contra pessoas com deficiência, por meio de ações como educação inclusiva, emprego e desenvolvimento profissional, saúde e transporte adequado, e acesso à cultura.

Durante o evento, o MDH e o Ipea assinaram um protocolo para realização de pesquisas e estudos aplicados sobre a implementação da avaliação biopsicossocial da deficiência. Além disso, o MDH, o MGI e o Ministério do Planejamento e Orçamento firmaram um acordo para realizar estudos de impacto regulatório, social, político e econômico da avaliação em todo o país.

Essas iniciativas somam-se ao Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência Novo Viver sem Limite, lançado em novembro de 2023, que prevê cerca de 100 ações com investimentos de R$ 6,5 bilhões para pessoas com deficiência. Até o momento, cinco estados aderiram ao plano: Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba e Piauí, com outros quatro em processo de adesão.

A 5ª Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência reuniu 1,6 mil participantes de todo o país e marca a retomada desse tipo de evento após oito anos. O encontro é resultado de 453 conferências municipais, 51 regionais, uma conferência livre de acessibilidade cultural e 27 conferências realizadas em todas as unidades federativas.

A vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Rio Grande do Sul, Ewelin Canizares, destacou a necessidade de políticas públicas interseccionais que garantam a participação de toda a diversidade de pessoas na sociedade.

Ela também mencionou o caso de Sônia Maria de Jesus, uma trabalhadora doméstica surda e muda que foi resgatada de uma situação análoga à escravidão e posteriormente retornou à residência dos investigados. Lula afirmou que cobrará informações de seus ministros sobre o caso e questionou a decisão de retorno da trabalhadora à mesma casa onde viveu por 41 anos sem receber salário ou outros direitos trabalhistas.

Feapaes-ES

A Federação das Apaes do Estado do Espírito Santo (Feapaes-ES) é uma associação civil beneficente que luta pela causa das pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla. Sem fins lucrativos e de fins não econômicos, a instituição possui 42 filiadas, entre Apaes, a Amaes e Vitória Down, que atendem a mais de 9 mil pessoas com deficiência. Entre em contato pelo [email protected]

A Federação das Apaes do Estado do Espírito Santo (Feapaes-ES) é uma associação civil beneficente que luta pela causa das pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla. Sem fins lucrativos e de fins não econômicos, a instituição possui 42 filiadas, entre Apaes, a Amaes e Vitória Down, que atendem a mais de 9 mil pessoas com deficiência. Entre em contato pelo [email protected]