Os réus Vinicius de Vargas Nascimento Viana e Hugo Barbosa Marques foram condenados na terça-feira (08) a 26 anos de prisão pelo homicídio do empresário Fabrício Ramos Spolador em 2021, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo.
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Cachoeiro de Itapemirim, obteve a condenação dos réus, que estavam presos preventivamente. Eles irão cumprir a sentença inicialmente em regime fechado.
O Tribunal do Júri foi realizado no Salão do Júri do Fórum Desembargador Horta Araújo, em Cachoeiro. O MPES foi representado pelo promotor de Justiça Lucas Lobato La Rocca, acompanhado pelas assistentes de acusação Letícia França e Mariana França.
A acusação sustentou as provas da denúncia de que o homicídio foi cometido mediante pagamento e premeditação.
Outros dois envolvidos, Thiago Batista Souza e o suposto mandante, Anderson da Silva Porto, ainda não foram julgados por estarem com recurso pendente de julgamento junto ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo.
Veja a pena
O júri condenou os dois réus por homicídio duplamente qualificado, cometido mediante pagamento de recompensa, por motivo torpe e mediante dissimulação, e porte de arma de fogo.
O primeiro resultou em uma pena de 23 anos e 4 meses, enquanto o segundo, de 2 anos e 9 meses. No total, os réus foram condenados a 26 anos e 1 mês de prisão cada um.
Relembre o caso
O empresário Fabrício Ramos Spolador foi morto a tiros no dia 24 de dezembro de 2021, no bairro Rui Pinto Bandeira, em Cachoeiro de Itapemirim. Segundo a acusação, o homicídio foi encomendado por Anderson Porto a Vinicius Viana, que efetuou os disparos. O crime ainda contou com a participação de Hugo Barbosa Marques.
O crime foi motivado por ciúmes de Anderson em relação a um antigo caso que a sua então namorada teve com a vítima. Ele planejou uma vingança junto com Vinicius e Hugo, mediante o pagamento de R$ 10 mil e uma quantidade de drogas a Vinicius.
A vítima viajaria e só retornaria à cidade em janeiro. Então, Anderson entrou em contato com Vinicius um dia antes para apressar o plano de vingança.
Vinicius manteve contato com a vítima, utilizando o aparelho celular do seu primo, Thiago Batista Souza, e passando-se por um cliente. Ele simulou uma compra de carne, afirmando que seu sobrinho buscaria no dia seguinte.
No dia do crime, Vinicius entrou em contato novamente com a vítima informando que o sobrinho estava a caminho do comércio. Ao chegar no local, Vinicius entrou, tomou o celular de Fabrício e efetuou disparos de arma de fogo contra ele.
O homem fugiu do local do crime, descartou o celular da vítima e se encontrou com Thiago, que devolveu a arma de fogo pertencente a Hugo.