Crime brutal

Casal que matou sogros de ex-prefeito de Cachoeiro é condenado a 132 anos de prisão

Cacilda Vetoraci Duarte, 77 anos, e Luiz Geraldo Duarte Ignez, 80, eram donos de hotel na cidade e foram mortos durante um assalto em outubro de 2024

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A Justiça do Espírito Santo condenou o casal acusado de matar com golpes de faca os sogros do ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho.

Adriana de Souza Santana, de 36 anos, e Valmir Santana Ribeiro, 38, foram condenados pelo crime de latrocínio e maus-tratos de animais. As penas somam 132 anos.

Cacilda Vetoraci Duarte, 77 anos, e Luiz Geraldo Duarte Ignez, 80, eram pais da primeira-dama da cidade, Keila Vetoraci. Os idosos foram mortos dentro de casa no dia 8 de outubro de 2024.

Na decisão do juiz João Carlos Lopes Monteiro Lobato Fraga é destacado que os acusados se hospedaram no hotel das vítimas para realizar um roubo. Mas “abateram-nas de forma covarde, ceifando-lhes a vida com extrema violência e requintes de crueldade”.

Valmir, ao ser questionado por qual motivo teria cometido os delitos, afirmou: “Matei para roubar”.

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O juiz destacou que o crime foi com extrema violência, sem qualquer chance de defesa por parte das vítimas, o que colaborou para o aumento da pena.

Veja as penas aplicadas aos executores:

  • Adriana: pena de 65 anos, 6 meses e 14 dias de prisão pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e maus-tratos em animais.
  • Valmir: pena 67 anos, 5 meses e 24 dias de reclusão pelos crimes de latrocínio e maus-tratos em animais.

Os dois apresentaram versões contraditórias e divergentes, mas praticaram o crime de forma perversa e com extrema violência, sem chance de defesa das vítimas.

Adriana conhecia as vítimas

O juiz, na decisão, destacou que Adriana conhecia as vítimas, chamava Cacilda de “tia” e sabia a rotina do casal. O fato teria facilitado o planejamento e execução do crime.

A ré conhecia as vítimas, tendo afirmado que era cliente do estabelecimento
e que inclusive chamava a vítima Cacilda de “tia”, assim como também não era a primeira vez que o réu estava no local, o que possibilitou que ambos conhecessem a rotina das vítimas e tivessem plena familiaridade com o ambiente, fatos que foram essenciais para a prática da empreitada criminosa
.

Ex-prefeito fala sobre condenação: “Um alívio”

Por meio das redes sociais, o então prefeito da cidade, e hoje secretário Estadual de Turismo, Victor Coelho, se pronunciou sobre a condenação dos assassinos dos sogros. Ele descreveu como “alívio”.

Relembre o crime

Na época do crime, as informações colhidas pela polícia davam conta que os assassinos se hospedaram no hotel já com a intenção de roubar o local. Para evitar serem descobertos, cometerem o duplo homicídio.

Após o crime, o casal saiu separado do hotel. Logo em seguida, Valmir foi interceptado pela Guarda de Trânsito de Cachoeiro depois causar um congestionamento em uma rua.

Valmir confessou à polícia que ele e a mulher pretendiam, com o dinheiro do roubo, mudar-se para Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Já Adriana seguia para a casa do pai de Valmir quando foi abordada pela polícia e também acabou presa. 

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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