A Justiça aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e tornou réus os cinco acusados de envolvimento na morte do empresário Wallace Borges Lovato.
Na decisão desta quinta-feira (7), a juíza Ana Amélia Bezerra Rêgo, da 4ª Vara Criminal de Vila Velha, também converteu as prisões temporárias em preventivas e derrubou o sigilo do caso.
“Entendo que assiste razão ao órgão acusatório, pelo que decreto a prisão preventiva dos acusados, com fundamento na garantia da ordem pública, para se evitar a reiteração delituosa e por conveniência da instrução criminal”, pontuou.
Vão responder pelo crime:
- Bruno Valadares de Almeida
- Bruno Nunes da Silva (foragido)
- Arthur Laudevino Candeias Luppi
- Arthur Neves de Barros
- Eferson Ferreira Alves
Empresário Wallace Lovato foi morto ao sair de empresa
O empresário Wallace Borges Lovato foi assassinado em 9 de junho, na Avenida Champagnat, na Praia da Costa. Ele foi atingido com um tiro na cabeça e não resistiu aos ferimentos.
O crime aconteceu em frente à empresa da vítima, especializada em Tecnologia da Informação (TI). O carro de Wallace estava estacionado na avenida.
O atirador estava no banco de trás de um carro, que se aproximou do empresário e disparou. O carro utilizado pelo atirador foi encontrado no dia seguinte, a cerca de 1,8 quilômetro do local do crime, na alça de acesso à Terceira Ponte, em Vila Velha. O veículo era roubado e estava com placas adulteradas.
Na última terça-feira (5), o secretário estadual de Segurança Pública, Leonardo Damasceno, já havia afirmado, em entrevista ao Cidade Alerta ES, da TV Vitória/Record, que o assassinato está solucionado.
Quatro pessoas foram presas até o momento
Arthur Laudevino Candeas Luppi, detido em 17 de junho, em Minas Gerais, foi o primeiro a ser preso pelo crime e é apontado como motorista do veículo utilizado.
Segundo a investigação, ele confessou que atuou como motorista na hora do assassinato, mas alegou que no momento em que entrou no carro não sabia que os outros passageiros do veículo iriam cometer um homicídio.
Em nota, a defesa de Arthur informou que foram encerradas as investigações, com a apresentação do relatório final pela autoridade policial e, na sequência, o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público.
Com base em uma análise minuciosa dos autos e em estratégia processual já definida, a defesa dará início, de forma imediata e coordenada, à fase de apresentação da resposta à acusação, bem como à formulação de pedidos de liberdade e demais medidas oportunas, assegurando o pleno exercício do direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório.
Todos os atos serão conduzidos com rigor técnico e atenção às particularidades do caso, reafirmando o compromisso com uma atuação proativa e responsável, em estrita observância aos direitos do senhor Arthur Laudevico Candeias Lupi.
Por se tratar de processo em segredo de justiça, não serão divulgados detalhes sobre as provas e elementos constantes nos autos.
Já no dia 19 de junho, a polícia prendeu Arthur Neves de Barros. Ele é apontado como atirador e foi trazido da Paraíba por Eferson Ferreira Alves, intermediador do crime, que se entregou em 23 de junho.
A mais recente prisão foi a de Bruno Valadares de Almeida, suspeito de ser o mandante, ocorrida em 12 de julho. Ele foi preso no dia 12 de julho, no bairro Jardim Colorado, em Vila Velha.
No local, foram apreendidos uma arma de fogo, um celular, um notebook e joias. Ele trabalhava na empresa de Wallace.
A polícia ainda busca mais um suspeito do crime. Bruno da Silva é procurado por intermediar o assassinato. Ele teria contratado os três acusados já presos pelo assassinato de Wallace Lovato.
O que diz a defesa
Por nota, o advogado Leandro Cássio Mantovani de Freitas, que representa Arthur Luppi, informou que as investigações foram encerradas e que a defesa já começou sua estratégia processual.
“Com base em uma análise minuciosa dos autos e em estratégia processual já definida, a defesa dará início, de forma imediata e coordenada, à fase de apresentação da resposta à acusação, bem como à formulação de pedidos de liberdade e demais medidas oportunas, assegurando o pleno exercício do direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório”, disse.
Ainda segundo o advogado, por se tratar de processo em segredo de justiça, não serão divulgados detalhes sobre as provas e elementos constantes nos autos.
Relembre o caso
Wallace Borges Lovato, 42 anos, foi morto com um tiro na cabeça, em 9 de junho, na Avenida Champagnat, na Praia da Costa. O crime aconteceu em frente à empresa da vítima.
O veículo utilizado pelo atirador foi encontrado a cerca de 1,8 quilômetro do local, na alça de acesso à Terceira Ponte, no dia seguinte ao crime. O veículo era roubado e estava com placas adulteradas.
Veja o vídeo do crime: