Justiça

Réus do caso Hotel da Ilha serão julgados pelo Tribunal do Júri nesta segunda

Quatro pessoas são acusadas de tentar matar Juan Aurélio Gomez Fernandez no próprio hotel em março de 2022

Julgamento
Foto: Canva Pro

Os quatro réus pela tentativa de homicídio qualificado de Juan Aurélio Gomez Fernandez, proprietário do Hotel da Ilha, em Vitória, serão julgados pelo Tribunal do Júri nesta segunda-feira (30) a partir das 9h.

O julgamento de Carlos de Matos Lopes, Davi da Purificação Neves, Gabrielly de Paula Batista e Macário Almeida Souza da Silva, apontado como mandante do crime, já havia sido marcado anteriormente, mas foi adiado devido a problemas com a hospedagem dos jurados.

O crime aconteceu em 31 de março de 2022, no hotel da vítima. Na ocasião, a vítima foi esfaqueada diversas vezes. Juan morreu no dia 23 de maio deste ano.

Os réus responderão por tentativa de homicídio qualificado: por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e contra pessoa idosa.

Entenda o caso Hotel da Ilha

A investigação apontou que o mandante do crime possuía dívidas com a vítima, referentes ao aluguel de um bar na parte térrea do hotel. Ao ser cobrado, ele planejou a morte de Juan.

No dia do crime, toda a iluminação do hotel foi desligada por Macário para facilitar a ação dos comparsas. A vítima relatou que estava em seu quarto quando, por volta 21h, a energia foi cortada.

Em seguida, um casal entrou no quarto e o esfaqueou ao menos 10 vezes. De acordo com testemunhas, uma cuidadora ouviu os gritos e tentou ajudar, mas foi ameaçada. 

Gabrielly teria iluminado o quarto com o celular enquanto Carlos cometeu o crime. Já o terceiro comparsa, teria dado cobertura ao casal. Além da faca, Carlos também carregava uma arma de brinquedo para cometer o crime.

Após ser esfaqueado, o dono do hotel se fingiu de morto e conseguiu acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que realizou atendimento. Juan tinha 64 anos na época, foi levado ao hospital e conseguiu sobreviver ao ataque.

Réu responde por outros crimes

O réu Carlos de Matos Lopes também teria cometido outros crimes naquele dia. Segundo o Ministério Público do Espírito Santo, após Juan ser levado ao hospital, o acusado voltou ao hotel para roubar bens da vítima e abusou sexualmente de uma mulher que estava no local.

Julia Camim

Editora de Política

Atuou como repórter de política nos veículos Estadão e A Gazeta. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, é formada no 13º Curso de Jornalismo Econômico do Estadão em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

Atuou como repórter de política nos veículos Estadão e A Gazeta. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, é formada no 13º Curso de Jornalismo Econômico do Estadão em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.