
Compartilho, essa interessante publicação da colega Nehal J., uma especialista em Economia Circular, na Austrália. Sua visão, e conceito, são intensos, e nos faz refletir, sobre o que fazemos, e pensamos, para o bem do meio ambiente.
Então… Devemos continuar minerando novos materiais para sempre, então?
“A reciclagem não é pior por causa das emissões?”
Eu recebo muito isto.
As pessoas adoram me perguntar:
❓ Quais são as emissões da reciclagem?
❓ Enviar roupas para o exterior não é pior do que apenas comprar novas?
❓ Isso não torna a reciclagem inútil?
Aqui está o que esse argumento perde:
A alternativa à reciclagem não é não fazer nada.
Está extraindo novos materiais virgens, de novo e de novo, apenas para despejá-los em aterros sanitários quando terminarmos.
E isso não é uma opção.
Se olhássemos apenas para as emissões, o plástico descartável ainda venceria.
É barato. É leve. É “eficiente”.
Mas veja onde essa lógica nos levou.
Todas as escovas de dentes já feitas ainda existem.
Isso não é uma vitória para o planeta, é uma falha do sistema
A verdadeira questão não é apenas para onde vão os resíduos
É o quanto criamos para começar.
A circularidade deve incluir soluções a montante, como melhor design e consumo reduzido, não apenas correções a jusante, como reciclagem.
Mas quando o desperdício existe, e existe
A reciclagem ainda é uma das principais maneiras de retardar os danos.
Sim, às vezes significa enviar coisas para o exterior.
Sim, é preciso energia.
Mas isso não o torna pior do que não fazer nada.
Já extraímos os materiais. já fizemos o produto.
O objetivo agora é mantê-lo em uso pelo maior tempo possível.
Esse é o cerne da circularidade.
Se não pudermos projetar o desperdício completamente, então estendemos a vida do que existe
👉 mesmo que não seja perfeito.
👉 mesmo que não seja local.
👉 mesmo que não se encaixe na definição clara de “sustentável” de alguém.
Porque fingir que o lixo não existe, ou que a perfeição é a única opção não nos levará a lugar nenhum.