Meio Ambiente

Animal típico da Antártida faz aparição inédita em Santa Catarina

Ainda em território brasileiro, ela se encontra em uma região que abrange as praias de Molhes da Barra, em Laguna, e do Luz, em Imbituba, na parte sul do Estado

Foca em Santa Catarina
Foto: Reprodução/Instagram/@laboratoriodezoologia

Uma foca-caranguejeira (Lobodon carcinophagus), de aparição rara no Brasil, foi encontrada na segunda-feira (12), deitada nas areias do litoral de Santa Catarina.

Ainda em território brasileiro, ela se encontra em uma região que abrange as praias de Molhes da Barra, em Laguna, e do Luz, em Imbituba, na parte sul do Estado. Essa área costeira é monitorada pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que localizou o animal.

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De acordo com uma nota do Laboratório de Zoologia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que também auxilia nos cuidados e no monitoramento do mamífero, as focas-caranguejeiras são típicas da região subantártida e antártida.

Registros delas no Brasil são raros e, segundo o comunicado, é a primeira vez que o animal aparece no sul catarinense. Por isso, a sua presença está sendo tratada como um fato de alta relevância científica.

A área onde a foca se encontra foi isolada. Como se trata de um animal selvagem, que pode reagir de forma agressiva ao se sentir estressado ou ameaçado, a recomendação é que as pessoas mantenham distância da Lobodon carcinophagus. E pedem também para que não façam ruídos ou aglomerações.

Os cientistas entendem que a foca esteja no Brasil como ponto de parada de uma viagem mais longa que esteja fazendo. Eles imaginam que a passagem pelas praias catarinenses não deve ser duradoura, visto que a região onde o mamífero se encontra tem baixa disponibilidade de krill (um tipo de crustáceo), a principal fonte de alimento do animal.

Mesmo assim, conforme avaliações veterinárias feitas na terça e quarta-feira, 13 e 14, a foca está em bom estado corporal, sem ferimentos ou sinais de debilidade, informou a Universidade do Estado de Santa Catarina.

“O animal permanece descansando na faixa de areia e, até o momento, não necessita de intervenção”, informou o laboratório. “O PMP-BS/Udesc segue monitorando a situação e novas atualizações serão divulgadas se necessário.”