O episódio do PodNatureza desta semana mergulha fundo no universo das gigantes do mar que, entre junho e outubro, marcam presença no litoral do Espírito Santo: as baleias jubarte!
Para falar sobre esses animais e sua importância para o oceano e para a sociedade, o convidado foi o oceanógrafo Paulo Pinheiro Rodrigues, um dos principais nomes à frente do Instituto Baleia Jubarte (IBJ) no estado.
O ressurgimento das baleias capixabas
Há algumas décadas, ver baleias no litoral capixaba era algo raro. Hoje, graças ao trabalho de conservação do Instituto Baleia Jubarte, elas voltaram a frequentar as águas do estado e se tornaram atração turística e ambiental.
“Já estamos vendo mais de 35 mil baleias jubarte no litoral brasileiro. Elas têm papel fundamental no ecossistema marinho e foram salvas da extinção por um trabalho incansável de pesquisa, educação e articulação internacional”, explica Paulinho.
Patrimônio ambiental e econômico
A observação de baleias no Espírito Santo cresceu e hoje movimenta o turismo local. Assim, é uma das formas mais sustentáveis de interação com a fauna, promovendo educação ambiental e geração de renda para comunidades. Em menos de uma hora de barco, é possível avistar os animais em alto-mar.
Segundo estudos internacionais, cada baleia-jubarte viva pode representar até US$ 80 milhões em serviços ecossistêmicos ao longo da vida. Além disso, elas transportam nutrientes, influenciam na produção de oxigênio e atuam como “jardineiras” dos oceanos. Incrível, né?
Da caça à admiração
O Espaço Baleia Jubarte, na Praça do Papa, em Vitória, é um centro de referência em educação ambiental e, dessa forma, mostra o passado de caça e o presente de conservação.
“Ali a gente resgata a história do uso da baleia e mostra que hoje o turismo de observação é a melhor ferramenta contra a volta da caça”, afirma o oceanógrafo.
Cultura oceânica e futuro
Paulinho também falou da importância de os capixabas se reconectarem com o mar e, assim, reconhecerem a biodiversidade local como parte de sua identidade. “Nossa culinária, nossa economia e nossa cultura estão ligadas ao mar. A gente precisa se ver como um povo do oceano.”
Com o aumento da consciência ambiental, novos investimentos e o apoio das comunidades, o Espírito Santo consolida sua posição como rota das baleias no Brasil. Para quem quiser viver essa experiência, o Instituto Baleia Jubarte oferece informações e indica operadoras turísticas capacitadas, por exemplo.
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