Foto: Reprodução Instagram @Jubartlab
Foto: Reprodução Instagram @Jubartlab

Pesquisadores do Instituto O Canal registraram a presença de 96 baleias-jubarte durante um único dia de monitoramento científico realizado ao longo da costa capixaba. O recorde ocorreu após cerca de 10 horas de atividade no mar, em Guarapari. Anteriormente, o maior número registrado foi de 65.

Segundo a bióloga marinha Bruna Rezende, coordenadora do projeto Amigos da Jubarte, o número elevado é reflexo direto do crescimento populacional da espécie nas últimas décadas.

Esse recorde é algo ocasional, mas resultado de um processo consistente. Desde a proibição da caça, na década de 1980, e com os esforços contínuos dos projetos de conservação, essa população tem crescido de forma constante

Bruna Rezende

As baleias avistadas pertencem à população “A”, que realiza migração anual da Antártica até o litoral brasileiro para reprodução.

Além do esforço de conservação, o turismo de observação responsável tem sido uma ferramenta fundamental para sensibilizar o público e ampliar o cuidado com os cetáceos e o ambiente marinho.

Durante o monitoramento, a equipe também coleta dados para identificar as áreas com maior risco de colisão entre grandes embarcações e baleias. O objetivo é utilizar essas informações na criação de medidas mitigatórias.

“O monitoramento serve para sobrepor os dados de localização das baleias com as rotas dos navios e entender onde há mais risco. Assim, conseguimos atuar para evitar colisões”, destacou a bióloga

Bruna também reforça que não houve mudanças no comportamento ou nas rotas migratórias da espécie. O maior número de avistagens está relacionado à presença cada vez mais frequente dos animais próximos da costa e à expansão natural da população.

Para quem deseja contribuir com a causa, a orientação é apoiar projetos sérios e praticar o turismo sustentável com agências cadastradas no site. Além disso, atitudes cotidianas como separar o lixo, reciclar e reduzir o consumo de materiais poluentes também ajudam na conservação dos oceanos.

“Quando a gente cuida do nosso lixo e dá a destinação correta, está contribuindo diretamente com o ecossistema marinho. Tudo está conectado”, finalizou.

Veja o vídeo:

*Texto sob a supervisão da editora Erika Santos

Carlos Raul Rodrigues, estagiário do Folha Vitória
Raul Rodrigues

Repórter

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), atuou como estagiário no Jornal Folha Vitória entre 2023 e 2025. Atualmente atua como Produtor do Cidade Alerta e do Jornal da TV Vitória e Repórter no Jornal Online Folha Vitória.

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), atuou como estagiário no Jornal Folha Vitória entre 2023 e 2025. Atualmente atua como Produtor do Cidade Alerta e do Jornal da TV Vitória e Repórter no Jornal Online Folha Vitória.