
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deflagrou a Operação Makaira 2025, na manhã desta quarta-feira (24) com o objetivo de fiscalizar a atividade pesqueira nos terminais do Litoral Sul do Espírito Santo.
A ação visa prevenir práticas ilegais como pesca sem autorização, pesca em áreas proibidas e pesca em desacordo com autorizações concedidas. Ao todo, 25 embarcações foram lacradas, 260 multas aplicadas, totalizando R$ 22,5 milhões.
A operação concentra atenção especial às embarcações que atuam na modalidade espinhel de superfície, utilizada na costa capixaba. Esse tipo de pesca é apontado como a maior ameaça à sobrevivência de espécies marinhas como albatrozes, petréis, tartarugas e tubarões.
Por isso, as embarcações devem adotar medidas mitigadoras para evitar a mortandade dessas espécies, sendo essa uma das principais metas da fiscalização.
Auditoria nos sistemas de controle das embarcações
Antes da operação, o Ibama realizou auditoria nos sistemas de controle das embarcações voltadas à pesca de atum e afins no estado. A análise identificou que várias embarcações cometeram ilícitos ambientais no último ano, especialmente pela pesca em áreas de segurança de plataformas de petróleo.
Pescar nessas áreas não é permitido, pois elas concentram espécies de peixes, o que leva pescadores a explorar artificialmente esse recurso. Além disso, a atividade próxima às unidades petrolíferas traz riscos elevados de acidentes ambientais, como colisões com plataformas, rompimento de dutos e atropelamento de mergulhadores.
Durante a operação, foram lavradas multas e determinada a suspensão das atividades de embarcações que apresentaram irregularidades. A retomada das operações dependerá de vistoria específica realizada em Vitória pelo Ibama. Em caso de descumprimento, as embarcações poderão sofrer sanções mais severas.
Os produtos oriundos de pesca irregular apreendidos serão destinados ao Programa Mesa Brasil do SESC, que distribui alimentos para instituições filantrópicas.