Dano ambiental

MPF cobra empresas pelo pagamento de indenização por acidente ambiental ocorrido há 21 anos no ES

Cerca de 6 mil litros de óleo vazaram em dois acidentes no mar do Espírito Santo, em abril de 2003

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MPF cobra empresas pelo pagamento de indenização por acidente ambiental ocorrido há 21 anos no ES MPF cobra empresas pelo pagamento de indenização por acidente ambiental ocorrido há 21 anos no ES MPF cobra empresas pelo pagamento de indenização por acidente ambiental ocorrido há 21 anos no ES MPF cobra empresas pelo pagamento de indenização por acidente ambiental ocorrido há 21 anos no ES
Foto: Divulgação/Vale
Foto: Divulgação/Vale

O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal que intime a mineradora Vale e as empresas Petromaritma e Ultraocean a pagarem indenização de mais de R$ 500 mil por um acidente ambiental ocorrido em abril de 2003 no mar do Espírito Santo.

Na época, foram dois acidentes de derramamento de óleo que causaram poluição no ambiente. O valor individual inicial a ser pago era de R$ 50 mil, mas foi atualizado para R$ 169.305,33, já com as devidas correções monetárias, totalizando R$ 507.915,99. O MPF pediu à Justiça para que as empresas paguem o valor voluntariamente em até 15 dias.

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As empresas foram condenadas em 2009 e recorrem da decisão, porém não cabe mais recurso desde fevereiro deste ano, quando ação transitou em julgado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O pagamento de indenizações acontece por danos ambientais, materiais e morais. O órgão pediu para que os responsáveis das empresas que já fecharam, caso da Petromaritma e Ultraocean, sejam intimados.

Caso não paguem as indenizações no prazo, foi solicitado que o valor seja aumentado em 10% e que a Justiça faça o bloqueio do dinheiro das contas das empresas.

Cerca de 6 mil litros de óleo foram vazados no mar

A poluição foi ocasionada por dois vazamentos, ocorridos nos dias 26 e 28 de abril de 2003, em embarcações operadas pela Petromarítima. O primeiro acidente, houve o derramamento de 4 mil litros de óleo após o afundamento parcial de uma embarcação na região do Pier de carvão da Vale, tendo ocorrido ações de contenção.

Já o segundo acidente, desta vez no Pier II da Vale, aconteceu em uma operação de descarga de óleo “slop” do navio Princess Nadia, de responsabilidade da Ultraocean. Foram cerca de 2 mil litros e a contenção se estendeu por 6 dias, devido às condições da maré. Na época, não foi possível evitar totalmente os danos ambientais, resultando em poluição na Ilha do Boi e em alto mar.

Segundo o MPF, os recursos arrecadados com o pagamento das indenizações serão destinados ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD). Esse fundo é usado para reparar danos causados ao meio ambiente, aos consumidores e a outros bens importantes para a sociedade.

Por nota, a Vale informou que não foi intimada sobre o cumprimento da sentença e que as embarcações envolvidas não eram da mineradora.

Leia a nota na íntegra:

Até o momento, a Vale não foi intimada do cumprimento da sentença.

Cabe destacar que ambos os incidentes, em 2003, envolveram embarcações que não faziam parte da frota nem estavam a serviço da Vale. Na ocasião, a empresa acionou, em conjunto com autoridades competentes, seu plano de emergência para minimizar impactos ao meio ambiente. 

A Vale cumpre rigorosamente a legislação ambiental vigente e reforça seu compromisso em investir continuamente em seus sistemas de controle ambiental. 

Carol Poleze, repórter do Folha Vitória
Carol Poleze

Repórter

Jornalista pela Universidade Vila Velha (UVV) e mestranda em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Passou por veículos nacionais como Broadcast/Agência Estado, Estadão e BandNews FM. Atua como repórter do Folha Vitória desde 2023.

Jornalista pela Universidade Vila Velha (UVV) e mestranda em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Passou por veículos nacionais como Broadcast/Agência Estado, Estadão e BandNews FM. Atua como repórter do Folha Vitória desde 2023.