A motivação da engenheira ambiental Desirée Latchuk, é contagiante. Seu engajamento serve de exemplo a todos. Deixo aqui, o que publicou.
Atualmente, estou me aprofundando nos estudos sobre Economia Circular na pós-graduação em Gestão de Riscos Socioambientais e Desenvolvimento Sustentável pela PUC PR — um tema que carrego com muito carinho desde a graduação, quando escolhi esse mesmo assunto como foco do meu TCC em Engenharia Ambiental e Sanitária.
A cada leitura, fica mais evidente que mudar o modelo econômico não é mais uma escolha, mas uma urgência.
Neste final de semana, mergulhei nos três primeiros capítulos do livro “Economia Circular: conceitos e estratégias para fazer negócios de forma mais inteligente, sustentável e lucrativa”, de Alexandre Lemille e Patricia Furtado de Mendonça (Ed. Senac, 2020). Os aprendizados são valiosos para quem atua, estuda ou se interessa por sustentabilidade, inovação e modelos regenerativos. Compartilho aqui alguns pontos essenciais:
Capítulo 1 – Por que mudar o modelo econômico atual?
Nosso modelo linear de extrair, produzir, consumir e descartar já demonstrou suas limitações: esgotamento de recursos, aumento de resíduos e agravamento das crises climáticas. A Economia Circular surge como alternativa viável e necessária, propondo a manutenção do valor dos recursos pelo maior tempo possível, com foco em regeneração e reaproveitamento.
Capítulo 2 – O que é (e o que não é) Economia Circular?
É comum associar circularidade apenas à reciclagem, mas esse é um equívoco. A EC é uma mudança sistêmica, que começa no design dos produtos e se estende por toda a cadeia de valor. Trata-se de criar modelos de negócio e sistemas produtivos que evitem a geração de resíduos e promovam o uso eficiente e contínuo dos recursos, separando claramente os fluxos biológicos (que retornam à natureza) dos técnicos (reinseridos na economia).
Capítulo 3 – A lógica e os princípios da Economia Circular
A base da EC está em cinco princípios fundamentais:
1. Eliminar resíduos e poluição desde o design
2. Manter produtos e materiais em uso
3. Regenerar sistemas naturais
4. Separar e respeitar os ciclos biológicos e técnicos
5. Planejar para o futuro, com produtos fáceis de manter, desmontar e reaproveitar
Mais do que uma solução ambiental, a Economia Circular é uma estratégia inteligente para construir resiliência, gerar inovação e transformar como produzimos e consumimos.
Referência:
LEMILLE, Alexandre; MENDONÇA, Patricia Furtado de. Economia Circular: conceitos e estratégias para fazer negócios de forma mais inteligente, sustentável e lucrativa. São Paulo: Senac São Paulo, 2020. ISBN: 9786555361536.